Amazonas tem 189.811 pessoas atrasadas para a segunda dose da vacina contra a Covid, diz FVS

O total de 189.811 mil pessoas no estado do Amazonas ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a covid-19. Os dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulgados até terça-feira, 24/8, informam ainda que a vacina Astrazeneca registra o maior número de pessoas com dose em atraso.

São mais de 100 mil pessoas que deixaram passar o prazo de 84 dias do imunizante de Oxford. O número preciso é 119.808 pessoas. Em segundo lugar tem a CoronaVac, com 62.434 e a Pfizer, com 7.568 faltosos.

Manaus é o município com o maior número de pessoas em atraso com a vacina, de acordo com o órgão. Até a terça-feira, a capital tinha 72.796 faltosos.

Os dados da FVS divergem dos números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que até o mesmo dia, disse que os faltosos estava abaixo de 37 mil.

Em nota, a Semsa disse que trabalha com os números do Sistema Municipal de Vacinação (SMV), disponibilizadas em tempo real, e que não iria comentar informações de outras fontes.

Além de Manaus, as cidades que mais concentram atrasados são: Itacoatiara (7.975), Parintins (7.468), Tabatinga (7.379), Iranduba (5.557), Manacapuru (5.555), Benjamin Constant (4.627), São Paulo de Olivença (3.910), Manicoré (3.799) e São Gabriel da Cachoeira (3.581).

Dados do Consórcio de Imprensa, que monitora o ritmo da vacinação no país, mostram que o Amazonas, apesar de estar avançando na aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid, tem dificuldade quanto o assunto é a segunda vacina.

Cerca de 2.227.909 pessoas, ou seja, 52,95% da população do estado, já tomou a primeira dose, enquanto apenas 20,39% concluiu o esquema vacinal contra a doença.

Vale lembrar que a imunização contra a Covid só tem eficácia completa depois da aplicação da segunda dose. No entanto, isso não quer dizer que a pessoa não será infectada pelo vírus. A vacina, na maioria dos casos, diminui a agressividade dos sintomas da doença no corpo.

Para que o vírus venha infectar menos pessoas é preciso ampliar a cobertura vacinal. Somente com a população totalmente imunizada ou ou grande parte dela, será possível relaxar medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras. Por hora, os números, mesmo avançando, não são suficientes para ignorar as medidas.

A vacina também é a única forma de evitar com que variantes, como a Delta e a Lambda, avancem no estado. Seis casos da nova cepa oriunda da Índia já foram identificados em Manaus e em Maués. Para evitar uma maior proliferação da doença, o Amazonas também vai começar aplicar a dose de reforço, em idosos que já receberam as duas doses há seis meses.

Com informações do G1.