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Amazonas

Amazonas tem 1 de cada 4 moradores sofrendo de insegurança alimentar grave, diz Inquérito Nacional

Insegurança é dividida em três categorias: leve, moderada e grave, quando ninguém acessa alimentos em quantidade suficiente e se passa fome.

A fome alcançou 12% dos domicílios rurais, contra 8,5% na área urbana. (Foto: Divulgação/FAO)

A proporção moradores do Amazonas com insegurança alimentar grave é maior que a média nacional (15,5%), de acordo com dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, que divulgou informações sobre segurança alimentar por estado nesta quarta-feira (14). A insegurança alimentar grave é quando ninguém acessa alimentos em quantidade suficiente e se passa fome.

Em 2018, 5,8% dos brasileiros passavam fome. Em 2020, essa parcela subiu para 9% e, em 2022, chegou aos atuais 15,5%, que representam 33 milhões de brasileiros. Alagoas é o Estado em pior situação, seguido do Piauí (34,3%), Amapá (32%), Pará (30%), Sergipe (30%) e Maranhão (29,9%).

No outro extremo, bem abaixo da média nacional de famintos, estão Santa Catarina (4,6%), Minas Gerais (8,2%), Espírito Santo (8,2%), Paraná (8,6%) e Mato Grosso do Sul (9,4%).

O estudo realizou entrevistas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal.

A Segurança Alimentar e a Insegurança Alimentar foram medidas pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), também utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segurança alimentar é a situação em que há acesso pleno e estável a alimentos em qualidade e quantidade adequados.

Já a insegurança é dividida em três categorias: leve (quando o temor de faltar comida leva a família a restringir a qualidade dos alimentos), moderada (sem qualidade, há alimentos em quantidade insuficiente para todos) e grave (quando ninguém acessa alimentos em quantidade suficiente e se passa fome).

Segundo os novos dados divulgados, as populações do Norte e do Nordeste são as que mais passam fome no país, proporcionalmente, enquanto, em números absolutos, a região Sudeste, por ser mais populosa, é aquela que mais concentra pessoas famintas. Em São Paulo, são 6,8 milhões de pessoas com fome. No Rio, 2,7 milhões não têm comida suficiente.

De acordo com a primeira etapa da pesquisa, divulgada em junho, 1 a cada 3 brasileiros já fez alguma coisa que lhe causou vergonha, tristeza ou constrangimento para conseguir alimento.


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