Amazonas
Amazonas sofre apagão na saúde e não consegue testar nem os suspeitos de Covid
Sistema de saúde próximo do colapso; governador Wilson Lima insiste em dizer que o Estado não enfrenta a terceira onda
A explosão de casos de Covid-19 mostra mais uma vez o caos na saúde pública no Amazonas. Os Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) e Unidade Básicas de Saúde (UBSs) estão lotadas e os que apresentam sintomas de Covid-19 e sintomas gripais não conseguem fazer os testes. Só consegue quem enfrenta filas de no mínimo cinco horas no Studio 5 e, hoje, no Centro de Convenções Vasco Vasques.
Os hospitais Delphina Aziz e 28 de Agosto, em Manaus, estão com quase 100% de ocupação nos leitos de UTI para pacientes com Covid-19. Eles são as principais unidades de pronto-socorro no estado. Os dados são do painel de monitoramento de leitos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), atualizados nesta quarta-feira (19).
Novos casos
O Amazonas enfrenta uma explosão de novos casos de Covid-19, impulsionada pela chegada da variante ômicron. Somente nas últimas 24h, foram quase 5 mil registros da doença. O governador Wilson Lima insiste em dizer que o Amazonas não enfrenta a terceira onda da pandemia e mais uma vez não preparou o Estado para a explosão de casos.
O pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, escreveu no Twitter: “3ª Onda em Manaus e o Mundo Real: explosão de casos e internações, sobretudo nas crianças. Rede assistencial saturada, rios de dinheiro do combalido SUS sendo desperdiçados, dor/morte, faltam trabalhadores de saúde e tudo começa a funcionar no improviso!”, escreveu.
O pesquisador foi além e disse que a rota epidêmica em Manaus é:
Passo 1 – Negligência sanitária;
2 – Explosão de casos;
3 – Explosão de internações em Leito/Clínico;
4 – Explosão de internações em Leito de UTI (saiu de 18 em 01-Jan-2022 para 66[17-Jan-2022]), subindo 267%. Estão esperando as mortes explodirem? Parem a matança. Basta!”, desabafou.
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