Amazonas
Amazonas registra novo aumento na arrecadação de impostos em julho; alta no ano já é de 15%
Em toda a história do Amazonas, o governo nunca teve tanto dinheiro para gastar.
No mês de julho, segundo dados divulgados no Portal da Transparência Fiscal da Secretaria da Fazenda do Amazonas (Sefaz), houve incremento de 27% a receita tributária do estado em relação ao mesmo mês no ano passado. No acumulado do ano, a alta em relação a 2020 já chega a 15%.
De acordo com o governo do estado, a arrecadação obteve alta “em resultado de ajustes na política fiscal realizados pelo atual governo e, também, como consequência do contexto macroeconômico, como a alta das commodities e aumento da demanda por produtos industrializados, em especial os produzidos pelo Polo Industrial de Manaus (PIM).
O secretário de fazenda do Amazonas, Alex Del Giglio, disse que a receita tributária do mês de julho “ foi perto daquilo que já havia sido previsto”e que “vários fatores foram fundamentais para que houvesse esse incremento, como o aumento da taxa de câmbio, a questão das commodities no mercado internacional e, também, o aquecimento da demanda doméstica (dentro do país), sobretudo por bem que são produzidos no Polo Industrial”.
De acordo com o secretário, a perspectiva para o mês de agosto e para o ano de 2022, “é animadora”. “No mês de agosto, a gente imagina um incremento importante de receita, todavia um pouco menor do que no mês de julho. Esperamos algo em torno de 10% em números reais (descontada a inflação no período). E para o ano as perspectivas são boas. A gente imagina que devemos fechar o ano com incremento em torno de 15% de crescimento real”, disse.
Primeiro semestre
O Governo do Amazonas arrecadou R$ 1,7 bilhão a mais no primeiro semestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado. O valor é 18,48% maior do que o arrecadado no primeiro semestre de 2020: R$ 9,55.
Descontada a inflação, que foi de 3,77%, até junho, o aumento real foi de 14,70%. Os dados são do Portal da Transparência do Estado e mostram que, até o dia 30 de junho, o governo já arrecadou R$ 11,31 bilhões.
O deputado estadual e economista Serafim Correa (PSB) disse, na época, que considera que a alta na arrecadação pode ser explicada por dois fatores. “Uma parte desse aumento deve-se à inflação e a variação do dólar. A outra revela a recuperação da economia. O Amazonas é muito competente para aumentar a receita, mas é um desastre na qualidade da despesa. Isso resume toda a questão”, disse.
“Com esse incremento de arrecadação, o estado poderia crescer em todas as áreas. Claro que tem que ter projeto para isso, priorizar as áreas e fazer investimentos que deem retorno. Investimentos em infraestrutura, em saneamento básico, que vão diminuir os gastos, em saúde, por exemplo. Vamos aguardar para saber o que o governo fará tanto com o excesso de arrecadação quanto ao empréstimo”, disse Serafim.
Mesmo com a alta recorde na arrecadação, a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) autorizou o governador Wilson Lima (PSC) a contrair uma dívida de R$ 1,5 bilhão junto ao Banco do Brasil.
“Eu entendo que não haveria a necessidade disso. O estado deve a arrecadação no primeiro semestre de quase 1,8 bilhão a mais. Não tinha a necessidade de se fazer o empréstimo. Foi por essa razão que eu votei contra”, analisou Serafim.
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