Amazonas registra mais de 160 novos casos de coronavírus em 24 horas e total vai a 804

O Amazonas tem, hoje (8), 804 casos confirmados de Covid-19, com 30 mortes. De acordo com o boletim da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), foram 168 confirmações nas últimas 24 horas. Do total de infectados, 122 precisaram de atendimento hospitalar, dos quais 58 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Das 30 mortes conformadas por novo coronavírus, seis são de moradores de municípios do interior: Manacapuru (3), Parintins (2) e Novo Airão (1). Ainda estão sob investigação outros 11 óbitos.

De acordo com a diretora-presidente da FVS, Rosemary Pinto, o perfil das vítimas fatais da doença no Estado tem mudado, passando das pessoas entre 30 e 49 anos – faixa etária que concentrou a maior parte das primeiras mortes – para pacientes acima de 60 anos.

Por esse motivo, ela reforçou que os familiares devem ficar atentos aos sinais de que é preciso buscar atendimento em unidade de saúde. “Temos visto que pacientes que têm ido a óbito já chegam em quadro muito grave, às vezes irreversível”, alertou, acrescentando que o “marco zero para procurar uma unidade é dificuldade de respirar, principalmente se estiver acompanhada de febre”.

Além dos pacientes comprovadamente infectados pelo novo coronavírus, outros 122 com suspeita da doença se encontram internados, sendo 38 em UTI. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) processa 120 exames, referentes a amostras coletadas entre ontem e hoje.

Para a diretora-presidente da FVS, Rosemary Pinto, a análise da demanda reprimida que constava no Lacen, o fato de o vírus ter chegado ao Estado durante o período chuvoso e a exposição de parte da população, que não acatou as recomendações de isolamento social, contribuíram para a alta dos casos no Amazonas.

Lembrando que um aumento ainda mais expressivo é aguardado até maio, Rosemary Pinto pediu à população que adote formas diferentes de celebrar a Páscoa, evitando as reuniões familiares. “Queremos convidar vocês todos para uma Páscoa diferente, com criatividade, em que as famílias não vão poder se reunir em grandes grupos. Vamos mandar abraços e beijos pelas redes sociais, fazer encontros virtuais. Esse sacrifício é necessário para que todos nós, juntos, possamos vencer a batalha contra a Covid-19”, concluiu.