Amazonas
Amazonas já registra 72,63% de ocupação de leitos de UTI com explosão de casos de Covid-19
FVS disse nesta sexta que o Estado do Amazonas registra redução de internações se for comparado com janeiro de 2021
Diante da explosão de contaminação pela variante ômicron, os hospitais públicos de Manaus já estão com 72,63% da ocupação em leitos de UTIs disponíveis para o tratamento de Covid-19 e 77,65% dos leitos clínicos ofertados para a recuperação da doença, conforme o boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), da última quinta-feira (20/01). No hospital Delphina Aziz, por exemplo, a ocupação das UTIs já chega a 92%.
Do dia 1º de janeiro de 2022 ao último dia 20, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) registrou um aumento de 1.205% no número de pacientes internados em leitos clínicos e UTIs, nas redes pública e privada de Manaus. Se no dia primeiro de janeiro, o total de internados era de 40 pacientes nas redes, ontem (20/01) a FVS apontou a internação de 522 pacientes, sendo 85 em estado grave nas UTIs das unidades particular e do estado.
Segundo o boletim Nº 656, atualmente o Estado do Amazonas oferta 95 UTIs para o tratamento de Covid-19 nos hospitais públicos de Manaus. Deste total, 69 pacientes ocupavam a Unidade de Terapia Intensiva na rede pública, ou seja, 72,63% do total disponibilizado pelo Governo do Amazonas. Até ontem (20), quatro crianças estavam internadas na UTI das 10 disponibilizadas.
Leitos clínicos
Já a situação dos leitos clínicos na rede pública começa a saturar devido ao grande número de pacientes. Dos 434 leitos clínicos disponíveis nos hospitais públicos da capital, 77,65% estão ocupados por pacientes de Covid, ou seja, 337 pessoas, das quais 40 são crianças.
Para finalizar os leitos disponíveis pelo Estado do Amazonas, atualmente a FVS contabilizou no último dia 20 de janeiro o total de 17 pessoas internadas na Sala Vermelha para tratamento de Covid-19. O governo oferta atualmente 21 leitos na Sala Vermelha, ou seja, a ocupação já chega a 76,19%.
Saturação
De acordo com o Painel de Acompanhamentos de Leitos da SES-AM, até as 9h30 desta sexta (21), o Hospital Delphina Aziz, na Zona Norte, estava praticamente com a ocupação máxima de leitos de Covid-19. Para se ter uma ideia, dos 138 leitos clínicos ofertados no Delphina, 132 estavam com pacientes internados (96%); e das 48 UTIs disponibilizadas, 44 estão ocupadas (92%).
Na principal porta de entrada de emergência em Manaus, o Hospital 28 de Agosto estava com 88% dos leitos clínicos ocupados e 75% das UTIs com pacientes. A unidade oferta 39 leitos clínicos e só disponibiliza neste momento 6 vagas. Já em UTIs só estão disponíveis 3 das 12 Unidades de Terapia Intensiva do 28 de agosto.
Interior
No interior, segundo o boletim da FVS, dos 865 leitos clínicos ofertados na rede pública de saúde para tratamento do novo coronavírus, até ontem 97 pacientes se encontravam em recuperação da doença.
Ainda sem UTI no interior do Amazonas, a Secretaria de Estado de Saúde informa que estão disponibilizados 158 leitos nas Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) nos municípios, sendo que no momento 4 estão ocupados.
Diminuição
Apesar do avanço da variante Ômicron, a FVS disse que internações e óbitos não seguem a mesma tendência de crescimento. De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, de 1º a 19 de janeiro, 31.100 casos de Covid-19 foram registrados no estado, número apenas 5% menor que o dos primeiros 15 dias de 2021, quando foram contabilizados 32.958 registros.
Nos primeiros 19 dias de janeiro deste ano, o estado registrou 657 novas internações e 31 mortes pela contaminação do novo coronavírus. No mesmo período do ano passado, foram 5.125 internações e 2.050 mortes causadas pela Covid-19, ou seja, uma redução de 87% no número de internações e 98,4% no número de óbitos.
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