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Amazonas

Amazonas: agora empresário nega a deputados denúncias que gravou sobre contrato na Seduc

Francisco Dantas saiu pelo elevador de uso exclusivo dos deputados, direto para o estacionamento usado pelas autoridades, sem falar com os jornalistas. Ele estava acompanhado da mulher e dois advogados.

O empresário Francisco Dantas, dono da empresa Dantas Transportes, que gravou depoimento em vídeo para o Ministério Público de Contas (MPC) denunciando o pagamento de propina para manter um contrato sem licitação de R$ 46,6 milhões de transporte escolar com a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), foi ouvido a portas fechadas, na tarde desta quarta-feira, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE).

Ao sair da audiência, que durou cerca de 1h40, o empresário se negou a falar com os poucos jornalistas que tentavam informações sobre a reunião com os deputados. Dantas saiu pelo elevador de uso exclusivo dos deputados, direto para o estacionamento usado pelas autoridades. Ele estava acompanhado da mulher e dois advogados.

Em entrevista ao programa 18horas, da Rádio Mix Manaus, o deputado oposicionista Wilker Barreto (Pode) informou que Dantas da Silva negou que tenha pago propina a agentes políticos do Amazonas. A líder do governo, Joana Darc (PL), e os deputados Dra. Mayara (PP) e Carlinhos Bessa (PV), da base governista, não fizeram perguntas. Os deputados Dermilson Chagas (PP) e Therezinha Ruiz (PSDB) disseram que o empresário negou as denúncias gravadas em vídeo que fez ao MPC.

Para Wilker Barreto, o empresário mentiu para o MPC ou para a Assembleia Legislativa.

Com o intuito de garantir a transparência para sociedade amazonense, o deputado Dermilson Chagas (PP) chegou a pedir, terça-feira, que a reunião para ouvir Francisco Dantas fosse aberta, no plenário Ruy Araújo e não a portas fechadas.

O escândalo derrubou o então secretário Luiz Castro, após o procurador de contas Carlos Alberto Almeida, pai do vice-governador Carlos Almeida, fazer uma representação formal sobre as denúncias ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Ao MPC, o empresário relatou que agentes políticos, alegando condições implícitas na contratação com dispensa de licitação, o pressionam de diversas e criminosas formas: exigência de ‘mensalinho’ de R$ 20 mil; imposição de serviços alheios ao contrato, como o transporte universitário, que alcança R$ 60 mil por mês; imposição de contratar, sem que haja contraprestação de serviços, pessoas “fantasmas” que constam na folha de pagamento da empresa; apropriação por prefeitos e outros agentes políticos da distribuição de rotas, com indicação dos veículos e condutores; e que é obrigado a pagar a agentes políticos valores de até R$ 17 mil por veículo/condutor/combustível, quando recebe somente R$ 9 mil, acumulando prejuízos que chegavam a R$ 2 milhões.


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