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Amazonas

Amazonas decreta situação de emergência ambiental e de saúde pública em todo o Estado por causa da seca e das queimadas

De acordo com o governo estadual, desde 30 de abril, o Amazonas registrou 12.329 focos de calor, refletindo a seca extrema que afeta o abastecimento e a logística.

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O governador do Amazonas, Wilson Lima (UB) anunciou que ampliou a situação de emergência ambiental e em saúde pública em razão do período de vazante dos rios para todo o estado. Segundo o último boletim da estiagem divulgado pela Defesa Civil do Amazonas, até terça-feira (27), a seca havia colocado apenas 20 cidades em situação de emergência, afetando quase 290 mil pessoas e 77 mil famílias em todas as calhas de rios do estado. Os números devem aumentar após a publicação dos decretos.

Na reunião do comitê de enfrentamento à estiagem, realizada nesta quarta-feira, foram assinados decretos que ampliam a situação de emergência para todo o estado, implementando novas medidas contra as queimadas e ações para melhorar a saúde pública e combater doenças relacionadas à má qualidade da água causada pela seca.

Uma emergência em saúde pública caracteriza-se como uma situação que demande o emprego urgente de medidas de prevenção, de controle e de contenção de riscos, de danos e de agravos à saúde pública em situações que podem ser epidemiológicas (surtos e epidemias), de desastres, ou de desassistência à população.

De acordo com o governo estadual, desde 30 de abril, o Amazonas registrou 12.329 focos de calor, refletindo a seca extrema que afeta o abastecimento e a logística, com rios em níveis críticos e um aumento nas doenças diarreicas.

“Foi identificado um aumento de doenças diarreicas em algumas comunidades e municípios, devido ao consumo de água não potável. Além disso, há questões relacionadas à hidratação e outras doenças típicas deste período de estiagem, especialmente ligadas à água”, disse o governador.

O governador destacou que já foram enviados 700 toneladas de insumos para mais de 77 mil famílias afetadas pela estiagem. O desafio agora é garantir o abastecimento de água potável e alimentos.

Foi anunciada também a ampliação do número de brigadistas, com a inclusão de mais 85 profissionais, totalizando quase 700 homens que devem atuar principalmente no combate às queimadas no sul do estado.

Manaus tem amanhecido coberta de fumaça por conta dos incêndios florestais. Em alguns bairros, “péssima” qualidade do ar, segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), ferramenta da Universidade Estadual do Amazonas, preocupa quanto aos impactos à saúde. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia recomendou o uso de máscaras no estado.

O governo informou que, entre 30 de abril e esta terça-feira (27), 168 pessoas presas e detidas por crimes ambientais. Deste total, cinco prisões foram registradas nas últimas 24 horas, no escopo da Operação Tamoiotatá.


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