Amazonas
AM registrou média de 4 casos de violência contra crianças e adolescentes por dia em 2017
No Amazonas, em 2017, foram registrados 1.034 casos de violência física, 436 de violência psicológica e 51 de tortura.
O Amazonas registrou uma média de quatro casos por dia de agressões contra crianças e adolescentes com idade até 19 anos, em 2017. Os dados foram extraídos pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), mantido pelo Ministério da Saúde (MS) e publicados nesta segunda-feira. Boa parte dessas situações, que incluem violência física, psicológica e tortura, acontece no ambiente doméstico ou têm com autores pessoas do círculo familiar e de convivência das vítimas.
No Amazonas, em 2017, foram registrados 1.034 casos de violência física, 436 de violência psicológica e 51 de tortura.
No Brasil, a média fo de 233 agressões por dia. Somente em 2017, a soma desses três tipos de registro chega a 85.293 notificações. Boa parte dessas situações acontece no ambiente doméstico ou têm com autores pessoas do círculo familiar e de convivência das vítimas. Os dados foram extraídos pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), mantido pelo Ministério da Saúde (MS).
Desse total de casos notificados pelos serviços de saúde, 69,5% (59.293) são decorrentes de violência física; 27,1% (23.110) de violência psicológica; e 3,3% (2.890) de episódios de tortura. O trabalho não considerou variações como violência e assédio sexual, abandono, negligência, trabalho infantil, entre outros tipos de agressão, que serão abordados pela SBP em publicação a ser divulgada em 2020.
A base de informações acumulada pelo Sinan permite detalhar o perfil dos agredidos, o que serve como subsídios para delinear políticas públicas específicas. Dentre as conclusões que os números permitem está distribuição das vítimas por sexo. Na análise, fica evidente que as crianças e adolescentes do sexo feminino são alvos preferenciais, sem grande variação ao longo dos anos.
Em 2017, foram 53.101 notificações contra meninas, ou seja, 62,2% mais casos do que os registros em garotos (32.169). Em 2009, as ocorrências envolvendo somente as jovens somaram 8.518 (61%). Em 2016, esse índice foi de 59% (41.065 ocorrências). Quanto às faixas etárias, o comportamento dos dados é semelhante, com uma tendência de evolução no tempo e a distribuição proporcional por grupos de idade se mantendo em percentuais parecidos.
Com respeito à distribuição geográfica dos casos, o Sinan mostra que, em números absolutos, as ocorrências desses tipos de violência, em 2017, foram maiores nos seguintes estados: São Paulo (21.639 casos), Minas Gerais (13.325), Rio de Janeiro (7.853), Paraná (7.297) e Rio Grande do Sul (5.254). Respectivamente, esses dados representam 25,3%, 15,6%, 9,2%, 8,5% e 6,1% do total de registros naquele ano.
Porém, a distribuição dos casos por grupo de 100 mil habitantes revela um cenário diferente. Proporcionalmente, em 2017, a violência física foi muito mais comum na região Norte, que possui estados nos três primeiros lugares do ranking nacional: no topo, está Roraima, com 57 registros por 100 mil habitantes; seguido de Acre (50,1) e Tocantins (48,9).
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