Amazonas
AM: médicos deixam Estado por falta de pagamentos, diz secretária-geral de sindicato
Segundo o Simeam, os médicos precisam trabalhar, pagar suas contas, escolas e se locomover e sofrem com atrasos em pagamentos do Estado.
Médicos estão deixando o Estado do Amazonas para trabalhar em outros estados devido ao atraso de pagamentos. A informação foi dada pela secretária-geral do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Patricia Sichar, em entrevista ao programa 18horas, da Rádio Mix Manaus, no início da noite desta segunda-feira, ao comentar notícia de que pelo menos seis crianças tiveram seus procedimentos médicos suspensos após a saída da única médica oncopediatra da Fundação Centro de Oncologia do Estado (FCecon).
“Hoje nós temos as sociedades em atraso há mais de três meses referente a competência deste governo e duas em aberto referentes a governos anteriores. Ninguém em sã consciência consegue trabalhar com o governo do Estado nos devendo cinco meses, informou a médica. Segundo ela, os médicos precisam trabalhar, pagar suas contas, escolas e se locomover e sofrem com atrasos em pagamentos do Estado.
“Essa é uma realidade. O que aconteceu agora na Fundação Cecon, da colega se demitir, nada mais é do que o atraso no pagamento que o Estado. Além de tratar dessa forma os profissionais, não está tratando a população como deveria. Com falta de insumos. Estamos vendo nossos cardiopatas morrerem. E agora nós veremos os nossos pequenininhos com câncer também morrerem como uma inconsequência do Estado do amazonas. É lamentável o que está acontecendo mas essa é a realidade. Hoje os colegas preferem trabalhar onde se paga em dia do que ficar esperando meses e meses para receber”, disse.
Com a saída a médica, outros 23 pacientes precisaram ter seus procedimentos remarcados. A especialista pediu exoneração no início deste mês e, segundo as famílias, desde então os tratamentos pararam. Seis crianças tiveram seus procedimentos médicos suspensos após a saída da única médica oncopediatra da FCecon.
Uma das crianças Naria Júlia, que está internada há quase um mês na FCecon. Sem tratamento no hospital com a saída da médica, ela conseguiu uma vaga em um hospital em Belém (PA). Mas, apesar de ter conseguido a vaga, os familiares informaram que a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) informou que não pode fazer o transporte da menina.
O secretário de Saúde, Rodrigo Tobias informou que o governo fará o transporte aéreo da paciente Maria Júlia para Belém, no dia 23. E a Fcecon informou que, após a Susam apresentar uma proposta, a médica aceitou ficar e retomar o atendimento aos pacientes.
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