Amazonas
AM: deputado alerta para mortes em consequência de greve contra falta de salários
Wilker Barreto disse que, caso comprovada alguma morte relacionada a greve dos terceirizados da saúde, vai ingressar com uma ação judicial contra o governador.
Após a deflagração da greve dos terceirizados da saúde, anunciada na última quarta-feira,13, em protesto pelos seis meses de salários atrasados, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) afirmou nesta quinta-feira (14), na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que se o Governo não encontrar soluções para o cronograma de pagamentos dos profissionais, a paralisação de 70% da categoria vai ocasionar mortes nos hospitais e desencadear uma crise sem precedentes na saúde pública do Estado.
Em seu pronunciamento, o parlamentar alertou que técnicos de enfermagem, maqueiros, psicólogos e administrativos irão parar suas atividades em 72 horas nas unidades de saúde do Estado, cenário que pode trazer pânico para a sociedade amazonense.
“O Sindicato deflagrou estado de greve e o Governo precisa sentar à mesa para resolver de forma urgente a questão dos salários atrasados. Se em 72 horas não chegar a um consenso, a partir de segunda-feira vai morrer gente nos hospitais. Isso é muito grave”, explicou Wilker.
O Líder da Minoria ressaltou ainda que, caso comprovada alguma morte relacionada a greve dos terceirizados da saúde, vai ingressar com uma ação judicial contra o governador.
“Na medida que tivermos um caso comprovado de morte em função do estado de greve, eu vou processar o Governador por homicídio culposo, com base no Código Penal. O governador e o secretário de Saúde assumem o risco de matar se não pagarem os terceirizados”, ponderou o deputado.
Requerimento
Wilker aproveitou também para encaminhar à Mesa diretora da Assembleia um requerimento, no seio da Comissão de Saúde, pedindo a convocação dos secretários de Estado da Saúde (Susam), Rodrigo Tobias, e da Fazenda (Sefaz), Alex Del Giglio, bem como os representantes das empresas prestadoras de serviços de saúde, para tratar do cronograma de pagamento dos fornecedores, para evitar a greve dos terceirizados.
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