Amazonas
Advogado denuncia Wilson Lima na ONU por violação a direitos humanos
Na denúncia, anexou uma série de vídeos publicados nas redes por familiares de pacientes desesperados por oxigênio, além de notícias sobre o colapso no sistema de saúde de Manaus.
O advogado Marco Antonio de Vicente Júnior, de Brasília, protocolou na Organização das Nações Unidas (ONU) denúncia contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), por violações a direitos previstos em convenção internacional contra a tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. A informação foi publicada pelo site O Antagonista.
Marco Vicenzo se identifica como brasileiro, advogado, casado, CPF nº 002.654.301-00, RG nº 2.757.219 SSP-DF, inscrito como Marco Antonio de Vicente Júnior, residente na Rua 08, Lote 513, Ed.: EL ON, Vicente Pires – Distrito Federal.
Na denúncia, anexou uma série de vídeos publicados nas redes sociais por familiares de pacientes desesperados por oxigênio, além de notícias sobre o colapso no sistema de saúde de Manaus.
“A crise estava prevista e deveria ter sido evitada ou, pelo menos, mitigada pelo governador. Em sua posição de gestor público, ele tinha a obrigação legal de fornecer antecipadamente a logística necessária para a produção e/ou importação de respiradores mecânicos. Depois de nove meses da pandemia, o governo não conseguiu prever os itens básicos de atendimento e manutenção da vida dos pacientes em hospitais e estocá-los em larga escala? Essa situação só pode ser atribuída à falta de organização, prudência, probidade e moralidade”, diz a denúncia.
O advogado alega que “a terrível situação vivida pelo estado do Amazonas não é um ato isolado de anormalidade, mas o resultado de uma sequência multifatorial de erros de gestão por parte do Poder Executivo local”.
Diz que os tomadores de decisão, liderados pelo Governador e Vice-Governador do Estado do Amazonas, desde o início da atual crise pandêmica, tem atuado com total desprezo pela população, transformando uma situação já preocupante em um verdadeiro desastre humanitário.
Ele afirma que os casos de corrupção decorrentes da Covid-19 no Rio de Janeiro e Manaus são interligados “umbilicalmente, a partir de complexa teia de participantes (diversas pessoas físicas e jurídicas, com o uso de numerosas “laranjas” e nomeações estratégicas), com o objetivo comum de desviar recursos públicos federais.
“Como Se isso não bastasse, mais recentemente, a situação se mostrou ainda mais grave”, ressalta. Afirma, ainda, que “o resultado da gestão imprudente por parte dos acusados culminou em um verdadeiro estado de barbárie no Amazonas”. E que “os médicos choram em hospitais porque são forçados a decidir quem deve ser salvo e quem deve morrer. Um verdadeiro cenário de guerra, acompanhado a sangue frio por um governo que não foi capaz de gerir a crise, incorrendo assim em crime de responsabilidade”.
Segundo ele, além do crime de responsabilidade, “o governador do Amazonas cometeu visivelmente crimes contra a humanidade relacionados à tortura psicológica, incluindo profissionais de saúde que estão há dois meses sem receber e ainda mais os doentes que morrem todos os dias nos hospitais (média de 200 mortes por dia)”.
Veja a denúncia, em inglês.
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