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Aborto: Amazonas e outros estados do Norte lideram busca pelo tema no Google

Dos cinco estados que lideram os interesses de busca pelo aborto, quatro são do Norte: Amazonas, Acre, Amapá e Roraima.

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Levantamento feito pela CNN com base em dados do Google Trends revela que os estados da região Norte lideram o interesse de busca na plataforma pelo termo “aborto” nos últimos cinco anos.

Dos cinco estados que lideram os interesses de busca pelo aborto, quatro são do Norte: Amazonas, Acre, Amapá e Roraima. Por outro lado, os cinco estados em que há menor interesse de busca pelo tema são Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

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Ainda de acordo com os dados do Google Trends, o interesse pelo termo “aborto” ao longo dos últimos 12 meses registrou um pico entre os dias 9 e 15 de junho deste ano, o que coincide com a tramitação do projeto de lei 1904/2024, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que prevê endurecer a legislação sobre o aborto.

O texto visa equiparar o aborto ao crime de homicídio simples quando o procedimento é feito após 22 semanas de gestação, mesmo em casos de estupro.

No dia 12 de junho, a Câmara aprovou um requerimento para que o projeto tramite em regime de urgência. Após a votação, foram realizados protestos em diversas cidades brasileiras.

Até a última sexta-feira (22), as perguntas relacionadas ao projeto de lei que tiveram maior alta em sete dias, segundo o Google, foram:

PL 1904, o que diz?
PL do aborto, o que muda?
Como votar contra o PL 1904?
PL 1904, quem criou?
O que é o PL 1904?

Na semana passada, o Brasil foi o país que mais pesquisou sobre legislação relacionada ao aborto, seguido por Estados Unidos e Nova Zelândia.

Número de abortos no Brasil

No ano passado, 2.687 abortos legais foram realizados no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A maior parte dos procedimentos (635) foi feita em São Paulo, o que equivale a 23,6% do total.

Em seguida estão: Rio de Janeiro (317), Bahia (232), Minas Gerais e Pernambuco (ambos com 179).

O ministério adverte que os dados de 2023 são preliminares e, portanto, “estão sujeitos a recebimento de registros adicionais e/ou qualificação após investigação”.


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