Amazonas
Todos os municípios do Amazonas aparecem com muito baixo índice de Desenvolvimento Sustentável
O levantamento, publicado neste domingo pelo UOL, aponta que sete em cada dez municípios brasileiros apresentam nível baixo ou muito baixo de desenvolvimento sustentável.
Todos os municípios do Amazonas apresentam baixo ou muito baixo índice de desenvolvimento sustentável, segundo levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis, que lançou ontem (06/08) o relatório com o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC). Manaus aparece na posição 3.242, com nota 45,38, com desenvolvimento baixo.
O levantamento, publicado neste domingo pelo UOL, aponta que sete em cada dez municípios brasileiros apresentam nível baixo ou muito baixo de desenvolvimento sustentável. Menos de 1% dos municípios atingiu alto nível de desenvolvimento; nenhum muito alto.
O IDSC avalia 100 indicadores para definir o desempenho das cidades no cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela Organização das nações Unidas (ONU) em 2015. Entre eles estão erradicação da pobreza e da fome, promoção de saúde, educação e saneamento e redução de desigualdades. A meta deve ser cumprida pelos países até 2030.
Em todo o país, 3.970 cidades — 71% do total — foram avaliadas com nível baixo ou muito baixo de desenvolvimento. Segundo o relatório:
625 municípios apresentaram índice muito baixo.
3.345, baixo.
1.555, médio.
45, alto.
Nenhum município brasileiro registrou nível muito alto de desenvolvimento.
O nível de desenvolvimento da maioria das cidades brasileiras retrocedeu ou ficou estagnado nos últimos sete anos. De acordo com o documento:
Os índices piorararm em 2.259 municípios.
Ficaram estagnados em 2.569.
Melhoraram em apenas 742.
A média nacional foi de 46,85 — num índice que varia de 0 a 100. O resultado aponta para um país com “baixo desenvolvimento”.
Das dez cidades com melhores índice, oito estão em São Paulo. As 15 com piores índices ficam na Amazônia.
São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, é a cidade com maior índice de desenvolvimento no país, segundo o relatório IDSC (Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades), lançado hoje pelo Instituto Cidades Sustentáveis. Já Buriticupu (MA) aparece no final da lista dos municípios com desenvolvimento muito baixo.
O que aconteceu nos últimos sete anos foi um retrocesso em muitas áreas: o país voltou ao mapa da fome, aumentou o desemprego. Ao mesmo tempo, segue com uma violência muito grande, problemas na educação e saúde. Isso é refletido nos dados.Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis
Regiões e biomas
Na avaliação por região, apenas o Sudeste foi classificado com nível de médio desenvolvimento. As demais apresentaram resultados inferiores.
A Amazônia é o bioma com o pior índice quando avaliada a média de todos os municípios — é o único classificado com nível muito baixo de desenvolvimento.
Índice por bioma:
Pantanal – 49,4
Mata Atlântica – 49,3
Cerrado – 45,7
Pampa – 45,5
Caatinga – 43,7
Amazônia – 39,8
Hoje, 75% das pessoas vivem em cidades na Amazônia sob uma terrível desigualdade social. Só vamos melhorar se tivermos mais estrutura para melhorar a vida das pessoas nas cidades. Se não melhorar a saúde, a educação, as pessoas terão uma relação com a sobrevivência maior que a com os cuidados com o meio ambiente.Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis
Classificação
O índice varia de 0 a 100, conforme são avaliados os indicadores de todas as áreas.
A classificação segue o seguinte conceito:
0 a 39,99 – Desenvolvimento muito baixo
40 a 49,99 – Desenvolvimento baixo
50 a 59,99 – Desenvolvimento médio
60 a 79,99 – Desenvolvimento alto
80 a 100 – Desenvolvimento muito alto
‘Muito a avançar’
Abrahão, coordenador do instituto responsável pelo levantamento, destaca que as questões ligadas à pobreza e à fome mostram que o Brasil “ainda tem muito a avançar.” “Não tem muita justificativa um país tão rico ter esses problemas que a gente tem.”
Ele destaca que há desafios também para o cumprimento das metas de educação — como a retenção dos alunos no ensino médio —, climáticas e de equidade de gênero e violência contra a mulher. Neste último, os índices estão muito baixos e distantes dos objetivos fixados pela ONU.
Veja no UOL, o ranking de cada município.
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