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Polícia Federal prende fazendeiro que ameaçou “dar tiro” no presidente Lula, em Santarém

Ele responderá pelos crimes de ameaça e incitação de atentado contra autoridade por motivação política.

Arilson Strapasson é fazendeiro de Novo Progresso. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira 3 um fazendeiro do Pará que ameaçou “dar um tiro” em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a visita do presidente ao estado, na semana que vem.

De acordo com a investigação, as ameaças foram feitas na quarta-feira (2) em uma distribuidora de bebidas. Arilson Strapasson, fazendeiro de Novo Progresso, chegou a tentar descobrir o hotel em Santarém.

Ele responderá pelos crimes de ameaça e incitação de atentado contra autoridade por motivação política. O fazendeiro também é investigado por suposta relação com grilagem de terras e garimpo na região.

“O homem teria dito que daria um tiro na barriga do presidente e perguntado aos presentes se sabiam onde ele se hospedaria quando fosse ao município”, informou nota da PF. Lula estará no Pará nos próximos dias.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nas redes sociais que “isso não é liberdade de expressão”, e que a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos.

“Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026”, continuou.

Prisão

Segundo a PF, ele foi preso enquanto comprava bebidas em uma loja. Na ocasião, teria dito que daria um tiro na barriga de Lula e questionado aos presentes onde o presidente se hospedaria.

Uma das testemunhas realizou uma denúncia logo após o episódio. À PF, o homem preso afirmou ter participado dos atos de 8 de Janeiro, em Brasília, e invadido o Salão Verde da Câmara dos Deputados.

Arilson Strapasson também disse ter participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção em Santarém durante 60 dias ininterruptos e, inclusive, financiado a manifestação com mil reais todos os dias.

Durante as diligências, os investigadores da PF encontraram um comprovante de compra e venda de um imóvel na região no valor de 2,5 milhões de reais.

Enquadramento

Arilson responderá pelo crime de ameaça, artigo 147 do Código Penal, que prevê detenção de um a seis meses ou multa, e também será enquadrado no artigo 15 da Lei nº 1.802/1953, que trata dos crimes contra o Estado e Ordem Política e Social.


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