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Amazonas

Ameaça à Zona Franca: Bolsonaro estuda reduzir imposto de celulares e computadores

No ano passado, o governo federal publicou decreto presidencial que reduz de 20% para 4% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os concentrados de bebidas não alcoólicas.

O presidente da RepúblicaJair Bolsonaro usou as redes sociais hoje para dizer que o governo estuda reduzir o imposto para produtos de tecnologia. Segundo ele, a intenção é fomentar competitividade e inovação. Bolsonaro afirmou que o imposto poderia cair de 16% para 4%.

A Zona Franca de Manaus concentra grande parte da produção de celulares e comutadores portáteis no País, com incentivos fiscais. A queda na cobrança de impostos fora de Manaus pode aumentar a competitividade no País, mas prejudicar o Amazonas, onde cerca de 6 mil pessoas trabalham no setor.

No ano passado, o governo federal publicou decreto presidencial que reduz de 20% para 4% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os concentrados de bebidas não alcoólicas.

“Para estimular a competitividade e inovação tecnológica, o governo estuda, via secretaria do Ministério da Economia, a possibilidade de reduzir de 16% para 4% os impostos sobre importação de produtos de tecnologia da informação, como computadores e celulares”, escreveu o presidente neste domingo.

Em uma segunda postagem, Bolsonaro afirmou que também será avaliado reduzir impostos para jogos eletrônicos.

Na semana passada, o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, havia antecipado a possibilidade.

O objetivo, segundo Troyjo, é aumentar a competitividade e a produtividade das empresas que usam esses equipamentos em suas atividades. Como as tecnologias da informação são usadas atualmente em praticamente todos os setores da economia, os efeitos da medida seriam “exponenciais”.

“Tecnologias da informação são insumo. (O efeito) É exponencial. Quando você dá um choque não apenas de qualidade e preço, mas também mexe no acesso àquilo de mais avançado que está acontecendo, automaticamente multiplica por várias vezes sua produtividade interna”, afirmou Troyjo, durante a abertura do Congresso Mundial das Câmaras de Comércio, na última quarta-feira (12), no Rio de Janeiro.


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