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Brasil

Folha: INSS diminui análise de pedidos e fila de espera volta a subir

Publicação mostra que solicitações respondidas caíram no último trimestre do ano passado e número de requerimentos em atraso chegou a 1,38 milhão, em janeiro

Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial de 27,5% e melhores condições de trabalho (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A fila de pedidos em atraso no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltou a subir, segundo denuncia matéria da Folha de S. Paulo de hoje (19). Os números obtidos pela publicação contradizem o discurso do governo federal, que afirma que tem reduzido a espera pelos benefícios.

O texto mostra que, em setembro do ano passado, o órgão analisou 1,1 milhão de pedidos, caindo para 987 mil em outubro, 830 mil em novembro e 763 mil em dezembro. A reportagem ressalta que os números foram obtidos diretamente com o INSS, por meio da Lei de Acesso à Informação.

Em janeiro, a fila de requerimentos atrasados (com espera superior aos 45 dias previstos em lei) chegou a 1,38 milhão de pedidos.

Os dados revelam que pessoas com deficiência e idosos são os mais afetados pela demora. A fila de quem busca o amparo assistencial ao portador de deficiência soma 420 mil pedidos aguardando resposta há mais de 45 dias. Em seguida, aparecem as aposentadorias: 401 mil solicitações atrasadas na modalidade por tempo de contribuição e 217 mil por idade.

Também aguardam respostas há mais tempo do que o prazo legal 108 mil pedidos de salário-maternidade, 93 mil pensões por morte e 70 mil amparos assistenciais ao idoso em situação de miséria.

O INSS respondeu que a fila segue grande porque ainda não conseguiu concluir o estoque de requerimentos criado nos últimos anos.

A demora para analisar os pedidos é atribuída à diminuição de servidores no INSS, que era de 32,3 mil, em 2017, e foi para 23 mil, no ano passado.

A crise no órgão já motivou duas forças-tarefas, em 2018 e 2019, com foco em aumentar a produtividades dos servidores ativos e levou à demissão do presidente Renato Vieira. Desta vez, o plano é contratar inativos para reforçar a equipe do INSS até que a fila seja reduzida.


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