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Amazonas

Polícia do Amazonas desarticula grupo criminoso que deu golpe de R$ 50 milhões com ‘pirâmides financeira’

O delegado do 13° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Cícero Túlio, informou que o grupo praticava pirâmide financeira.

A Polícia Civil do Amazonas informou que desarticulou, em uma operação realizada na manhã desta quarta-feira (14/05) uma organização criminosa que, segundo as investigações, lucrou mais de R$ 50 milhões com golpes aplicados contra investidores do Estado, principalmente funcionários públicos.

O delegado do 13° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Cícero Túlio, informou que o grupo praticava pirâmide financeira, um esquema irregular e insustentável, que gera dinheiro com a adesão de novos participantes, podendo ou não envolver a venda de um produto, ou serviço. Além disso, geralmente existe a promessa de obter um retorno alto sobre os investimentos, com risco baixo ou zero.

Cícero Túlio disse que cerca de 200 pessoas foram vítimas dos criminosos, que são jovens e usavam o dinheiro par bancar hábitos de luxo. Ele disse que foram cumpridos 19 mandados, sendo 14 em Manaus, com oito prisões; outras cinco pessoas foram presas no Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe. A Justiça determinou o sequestro de valores em ativos financeiros de 14 pessoas físicas e 12 empresas.

Pelo menos cinco dos alvos já haviam sido presos durante a operação ‘Fair Play’, da Polícia Federal (PF) em outubro de 2022. Todos serão encaminhados à audiência de custódia e ficarão à disposição da justiça.

O delegado disse que as investigações iniciaram em 2021, que os golpistas conseguiam informações sobre as margens consignáveis dos servidores públicos e induziam as vítimas a fazer empréstimos. Os golpistas aplicavam os recursos com a promessa de lucros acima dos praticados no mercado. Mas o dinheiro foi usado em diversas empresas e na compra de veículos de luxo, imóveis, realização de eventos milionários e viagens internacionais.

Fair Play

A Operação ‘Fair Play’, deflagrada pela Polícia Federal (PF), no ano passado, teve como alvo um grupo empresarial que praticava crimes de pirâmide financeira em quatro estados, sendo três na Região Norte.

A PF constatou que, em dois anos, o grupo investigado movimentou, cerca de R$ 156 milhões e responderá pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, apurados no período de 2021 a 2022.

Segundo a PF, 55 agentes cumpriram sete mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão em Manaus (AM), Boa Vista (RR), Belém (PA) e Natal (RN).

Após a instauração de inquérito policial para apurar os fatos, a PF confirmou que a empresa investigada busca atrair, especialmente servidores públicos e aposentados.

“Os sócios e representantes apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo”, disse a nota da PF.

O nome da operação é uma alusão à conduta ética exigida na prática de esportes, que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas.

E a operação tem como objetivo revelar a atuação irregular de grupo empresarial no ramo de investimentos financeiros, fornecendo aos órgãos de controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal.


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