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Manaus

Professores também rejeitam índice de reajuste da Prefeitura de Manaus, diz site

O Asprom Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas de Manaus) pede 15% de aumento, mas a secretaria diz que só pode dar 3,83%.

A primeira rodada de negociação do reajuste salarial de professores da Semed (Secretaria de Educação de Manaus), nesta quarta-feira (24), terminou com impasse sobre o percentual a ser adotado. O Asprom Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas de Manaus) pede 15% de aumento, mas a secretaria diz que só pode dar 3,83%. As informações são do site Amazonas Atual.

“Nós tivemos a audiência com a secretária ontem. Ela apresentou a contraproposta da Semed. E ontem mesmo nós realizamos a assembleia de análise da contraproposta”, disse Lambert Melo, coordenador jurídico do Asprom, em entrevista ao programa ‘O A DA QUESTÃO‘, do ATUAL, nesta quinta-feira (25). “A assembleia, de forma unânime, rejeitou essa contraproposta”, completou.

A Semed informou que só consegue garantir três dos 23 itens da pauta de reivindicação da categoria: a reposição da inflação, mas pelo INPC (Índice de preços no consumidor), que atingiu 3,83% nos doze meses anteriores a abril de 2023; o aumento de 18% no auxílio-transporte e o reajuste de 9% no auxílio-alimentação.

Em relação a reposição pela inflação, Lambert disse que a secretaria optou pelo menor valor. “A inflação oficial, divulgada pelo IBGE, tem dois índices: o IPCA e o INPC. O primeiro, em doze meses, 4,1%; o INPC, 3,8%. A secretária escolheu o índice menor, escolheu o INPC para apresentar como reposição da inflação”, disse o coordenador do Asprom.

“Ela está dizendo que só pode fazer a reposição da inflação e nada mais do que isso, e ainda escolhe o índice melhor. Nós até questionamos se não podia ser o ICPA e eles disseram que não, que tinha que ser o INPC, que está padronizado. Uma desculpa que não nos convenceu. Mas foi a proposta apresentada”, afirmou Lambert Melo.

Sobre o auxílio-transporte, a secretaria propôs o reajuste no mesmo percentual do recente aumento da tarifa de ônibus anunciado pela prefeitura. “[A Semed] apresentou reajuste de 18% do auxílio-transporte. Coincidentemente, é o mesmo percentual e reajuste da passagem de transporte coletivo”, disse o coordenador do Asprom.

O sindicato foi informado pela secretária de que o auxílio-alimentação não pode ser maior que R$ 520. Segundo Lambert, a prefeitura alega que “tem um teto que impede que seja dado mais”. “Nunca encontramos legislação nenhuma e já solicitamos da secretaria várias vezes para ver onde está escrito que tem esse limite”, afirmou.

De acordo com Lambert, os trabalhadores decidiram recusar a contraproposta da prefeitura e reafirmar o pleito original. “Hoje nós estamos encaminhando para a secretária essa contraproposta e solicitando que haja, de imediato, nova audiência para que a gente possa discutir novamente essa proposta que nós estamos apresentando”, disse o coordenador do Asprom.


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