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Brasil

O Globo: senador Eduardo Braga desiste de CPI do 8 de janeiro, e relatoria segue indefinida

Instalação está marcada para esta quinta-feira, mas senadores avaliam adiamento; Renan Calheiros também não vai participar da comissão.

Senador Eduardo Braga (MDB-AM) – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), desistiu de participar da CPI dos atos golpistas do 8 de janeiro. Cotado para ser o relator, o emedebista tomou a decisão após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que também não vai participar da comissão. As informações são do jornal O Globo.

A instalação da CPI está marcada para amanhã, mas senadores governistas avaliam ser difícil chegar um acordo para a relatoria até quinta-feira. A tendência é que o MDB ou PSD indiquem um nome para o posto e que o deputado Arthur Maia (União-BA) seja o presidente.

O líder do MDB decidiu que o partido será representado na comissão pelos senadores Veneziano Vital do Rego (PB) e Marcelo Castro (PI) como titulares. A bancada do partido no Senado era a única que ainda não havia feito as indicações. Agora, os membros estão completos.

Os emedebistas têm se queixado da falta de estratégia do Palácio do Planalto diante da comissão. Também reclamam da inação do governo diante da influência que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu conquistar na CPI mista.

A reunião d foi solicitada pelos parlamentares para expor diretamente ao presidente a avaliação sobre a falta de estratégia. Tanto Braga, como Renan, antes cotados para a relatoria da CPI, se recusavam a definir a participação na comissão sem que o governo antes explicasse qual seria a atuação esperada deles.

Aliado de Lira, o deputado Arthur Maia deverá ser escolhido o presidente da CPI. Senadores governistas, como os do MDB e PSD e o próprio líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), queriam que o Senado indicasse a presidência, mas não houve acordo.

O MDB também considera a CPI do 8 de janeiro um assunto menos relevante e busca ter protagonismo em projetos da área de infraestrutura e de economia. Renan Calheiros foi um dos primeiros a defender uma CPI sobre os ataques golpistas, mas queria que ela fosse restrita ao Senado, longe da influência de Lira, seu rival regional.


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