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Amazonas

Em duas décadas, 23 ataques foram registrados em escolas; 10 a partir do último semestre de 2022

A informação foi divulgada pela Secretaria de Educação do Amazonas

Colégio Adventista de Manaus. (Foto:Reprodução)

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) informou nesta sexta-feira (14/04) que de acordo com um estudo, ainda em andamento, feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 23 ataques ocorreram nas últimas duas décadas em escolas do Brasil, sendo que quase metade (10) ocorreu recentemente, a partir do último semestre de 2022.

Entre os ataques ocorridos, está o de Manaus, em que um garoto de 12 anos foi apreendido após lesionar dois estudantes e uma funcionária do Colégio Adventista de Manaus, na última segunda-feira (10/04).

De acordo com a Seduc, no Amazonas, a Secretaria acompanha o contexto e integra Comitê Interinstitucional de Proteção, Monitoramento, Guarda e Segurança Escolar e o Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (Nise), criado pelo Governo do Estado, e que atua no monitoramento e para coibir ocorrências nas escolas do Amazonas.

“Neste momento, o país está passando por um problema, que é um desafio de cunho mundial. Precisamos enfrentar a questão com firmeza e com a ajuda de toda a sociedade. Pedimos que os pais ou responsáveis estejam mais presentes na vida dos alunos, observem atitudes, conversas, cadernos, mochilas e qualquer alteração de comportamento. As ‘fake news’ divulgadas nas redes sociais também têm um impacto muito negativo neste enfrentamento”, destacou a secretária de Educação e Desporto, Kuka Chaves.

Sinal de alerta

De acordo com a Seduc, se antes, a maior motivação dos atos violentos nas escolas era vingança, por conta de episódios de bullying, hoje, atribui-se grande parte dos atentados ao discurso de incentivo a crimes de ódio. A internet e o aumento do consumo de telas têm influenciado, como explicou a coordenadora do Coordenação de Atenção Psicossocial Escolar (Capse), Adriana Magalhães.

“Nós podemos dizer que muitos estudantes estão dependentes das tecnologias, das mídias sociais e, agora, muitos se escondem atrás do anonimato. Tudo isso colabora com a violência no ambiente escolar, porque desvia o foco”, alertou.

A professora também salientou o papel crucial que a escola tem no desenvolvimento socioemocional dos jovens brasileiros, tendo em vista que a instituição é um local de destaque no processo de construção de personalidade dos alunos, que têm os primeiros contatos sociais em coletivo nas unidades de ensino.

“As competências socioemocionais e cognitivas, quando desenvolvidas corretamente, permitem a autonomia do indivíduo. O espaço escolar possibilita a troca de conhecimento com várias pessoas, de diversas áreas, e essa experiência é importante”.

Ações de mudança

Por entender a escola como um espaço de mudança, de propagação do respeito, igualdade e inclusão, os profissionais da educação da Secretaria seguem promovendo ações do gênero. É o caso da psicopedagoga Hellen Lima, que no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire, ajudou a organizar uma semana socioemocional em março, com o tema “Criatividade Emocional – Superando Desafios na Escola”.

“Desenvolvemos atividades com diversos profissionais, como psicólogos e artistas, sempre estreitando o laço entre escola e aluno. O resultado foi incrível, com os estudantes interagindo, contando sobre suas experiências próprias e fortalecendo o seu crescimento pessoal”, avaliou a psicopedagoga.


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