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Economia

Com o 5º pior salário mínimo da América Latina, trabalhador tem perda real desde 2010

País só fica à frente de Colômbia, República Dominicana, Argentina e Venezuela.

A empresa Cupom Válido realizou um estudo que aponta que o Brasil possui o quinto pior salário mínimo da América Latina, atrás de países como Equador, Guatemala, Paraguai e Bolívia. Na pesquisa, os mínimos nas moedas locais foram convertidos para real para efeito de comparação. A colocação pode impactar alguns, mas a realidade é que o piso salarial brasileiro apresenta perdas graduais desde o início dos anos 2010.

Conforme previsto na Constituição, em seu artigo 7º, o salário mínimo deve atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família — com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Além disso, a o texto constitucional estabelece que o mínimo deve ser reajustado periodicamente, de modo a preservar seu poder aquisitivo, conforme a inflação e o aumento da produtividade.

A remuneração mínima, no entanto, não teve o seu valor conservado. Com base na Constituição, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza estudos e compara o salário-mínimo real e o salário mínimo considerado necessário de cada mês e ano. Em janeiro de 2010, o salário mínimo era de R$ 510, e o considerado necessário na época era R$ 1.987,26. Ou seja, a remuneração recebida pelo trabalhador era 25,6% do que o Dieese entende como suficiente para suprir as demandas básicas dos brasileiros.

Este é o melhor número desde o início do Plano Real. Por outro lado, em fevereiro de 2023, o valor julgado necessário é de R$ 6.547,58 e o salário mínimo está em R$ 1302, apenas 19,8% do considerado ideal pelo Dieese. Ou seja, ele perdeu poder de compra nos últimos 13 anos.

Em julho de 1994, quando o real foi instituído como a moeda brasileira, o valor do salário mínimo era de R$ 64,79, enquanto o julgado necessário era de R$ 590,33. A remuneração básica era cerca de 11% do que um brasileiro precisaria receber, de acordo com o Dieese.

Comparado com o período de implantação do Plano Real, houve um aumento do poder de compra. Contudo, verificou-se queda na comparação com janeiro de 2010, considerado o melhor período econômico do país pelo economista e coordenador acadêmico da Fundação Getúlio Vargas, Mauro Rochlin.

 

As informações são do O Dia.


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