Amazonas
Comitiva federal chega ao Vale do Javari nesta segunda-feira para debater segurança
Indígenas denunciam presença do crime organizado e querem cobrar retomada das investigações do caso Dom e Bruno.
Uma comitiva do governo federal vai ao Vale do Javari, no Amazonas, nesta segunda-feira (27/02), para debater medidas de segurança com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).
Representantes do Ministérios da Justiça, Povos Indígenas, Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Ibama e forças policiais devem participar das discussões. A agenda das autoridades não foi divulgada por questões de segurança.
Além da garantia da presença do Estado para a segurança, a Univaja também espera que o governo anuncie a retomada das investigações dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
Em janeiro, a Polícia Federal divulgou que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia” foi mandante do crime.
O objetivo do encontro é fortalecer a presença do poder público na região, onde há a maior concentração de povos indígenas isolados do país e onde foram assassinados o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, em junho de 2022.
Participarão do encontro os ministérios dos Povos Indígenas, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e Cidadania, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Também confirmaram presença o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional e o Ministério Público Federal (MPF).
Eliesio Marubo, procurador da Univaja, afirma que a região continua controlada pelo crime organizado e que é necessário ações para garantir a proteção e preservação das comunidades indígenas, ambientalistas e servidores públicos.
“Vamos pedir providências específicas. Queremos que os ministros assumam compromissos com a região. Nós temos informações, planejamento e possibilidade de execução. Vamos continuar as denúncias e se o agente público não cumprir, vamos tomar medidas para que ele possa sofrer, pelo menos, processo administrativo”, explicou Marubo, por telefone.
“Nós não concordamos com a forma prematura que a PF encerrou o caso. Esperamos que apurem outras provas”, afirmou o representante da Univaja.
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