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Economia

Inflação avança 0,76% em fevereiro, puxada por gastos com educação, diz IBGE

IPCA-15 ficou 0,21 ponto percentual acima de janeiro; grupos habitação e alimentação também tiveram aceleração.

Imagens de movimentação de pessoas nas ruas do centro de curitiba. Movimento no comércio da região central de Curitiba. Vendas de material escolar – setor de material escolar – cadernos – canetas – lápis – lápís de cor –

A prévia da inflação oficial de preços avançou 0,76% em fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (24). O resultado do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) no mês ficou 0,21 p.p. (ponto percentual) acima do que havia sido registrado em janeiro, de 0,55%.

O índice acumula alta de 1,31% no ano e, nos últimos 12 meses, o IPCA-15 fica em 5,63%, abaixo dos 5,87% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,99%.

Oito grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês, sendo os gastos com educação (6,41% e 0,36 p.p.) os que tiveram a maior variação e o maior impacto no índice. Também tiveram impacto no resultado do IPCA-15 de fevereiro os grupos habitação (0,63%) e alimentação e bebidas (0,39%).

O maior responsável pelo aumento em educação foi o reajuste nas mensalidades de cursos regulares (7,64%), que é praticado habitualmente no início do ano letivo.

O ensino médio teve as maiores variações, de 10,29%, seguido pelo ensino fundamental (10,04%), pré-escola (9,58%) e creche (7,28%). Também registraram altas o ensino superior (5,33%), curso técnico (4,5%) e pós-graduação (3,47%).

O segundo grupo com a maior alta em fevereiro foi habitação (0,63% e 0,1 p.p.), que tinha registrado índice de 0,17% no mês anterior. Contaram para isso os aumentos no aluguel residencial, de 0,89%, e no condomínio, de 0,62%. Além disso, a taxa de água e esgoto também registrou alta em fevereiro, de 1,32%, em média, mas em Belo Horizonte, por exemplo, chegou a 8,28%, após o reajuste de 14,62% aplicado a partir de 1º de janeiro. Brasília (5,5%), Fortaleza (1,72%) e Salvador também tiveram reajustes.

Nesse mesmo grupo, a energia elétrica, que havia diminuído 0,16% em janeiro, voltou a subir, 0,35%, com resultados por área que vão de -3,44%, em Brasília, até 5,99%, em Salvador, cidade onde o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) retornou ao patamar de 27% em 1º de janeiro.

O subitem gás encanado subiu 1,5%, após altas de 4,22% no Rio de Janeiro e de 4,6% em Curitiba.

Alimentação e bebidas subiu 0,39% e contribuiu com 0,08 p.p. em fevereiro. Os demais grupos ficaram entre o 0,08% de transportes e o 0,78% de comunicação. O único recuo observado no mês foi em vestuário, com preços que diminuíram 0,05%, após a alta de 0,42% em janeiro.

No mês anterior, a prévia da inflação oficial de preços avançou 0,55%, até então a maior alta desde junho de 2022 (0,69%). Segundo o IBGE, as variações dos preços dos grupos de alimentos e saúde foram as maiores influências.


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