Economia
Conselho Monetário faz primeira reunião no governo Lula, e meta da inflação segue inalterada
No encontro que durou apenas 28 minutos, não foram discutidas a meta da inflação e a taxa básica de juros.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu nesta quinta-feira (16) pela primeira vez no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em meio a tensões entre o chefe do Executivo e o Banco Central. No encontro que durou apenas 28 minutos, não foram discutidas a meta da inflação e a taxa básica de juros.
O CMN é o conselho interministerial que trata da política monetária. Ele envolve o ministro da Fazenda, o presidente do BC e o ministro do Planejamento. Os postos hoje são ocupados por Fernando Haddad (PT; foto), Campos Neto e Simone Tebet (MDB), respectivamente.
Dentre as atribuições do CMN, está a determinação da meta de inflação, que serve de base para toda a política monetária exercida pelo BC, incluindo o estabelecimento da Selic.
O CMN chegou a convocar coletiva de imprensa para o início da noite desta quinta. O encontro com jornalistas foi interpretado pelo mercado como um momento em que o órgão anunciaria uma nova meta de inflação, mas tudo não passou de um susto.
Segundo ata do Banco Central, os temas tratados no encontro foram a aprovação do balanço do Banco Central (BC) e regulamentações envolvendo cooperativas de crédito e bancos.
As questões centrais da política monetária, a inflação e a taxa básica de juros, ficaram apenas na retórica do governo e da base governista.
Eles alegam que a manutenção da Selic a 13,75% no início de fevereiro compromete as políticas do governo e prejudicam os mais pobres, mas, na verdade, apenas usam o presidente do BC, Roberto Campos Neto, como um bode expiatório.
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