Amazonas
AM: Sindicato de Trabalhadores em Educação convoca para ato contra auxílio-alimentação no cartão
A presidente do sindicato, professora Ana Cristina Rodrigues, considera a medida o cartão prejudicial, principalmente, para os funcionários que moram no interior do estado.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) convocou a categoria para um ato público em frente à Secretaria de Estado de Administração e Gestão (Sead) amanhã, dia 23, às 8h. O local foi escolhido por abrigar – nesse dia e horário – uma audiência pública para tratar sobre a licitação que vai contratar empresa para emitir os cartões do vale-alimentação dos servidores do Estado. A presidente do sindicato, professora Ana Cristina Rodrigues, considera o cartão prejudicial, principalmente, para os funcionários que moram no interior do estado.
“Além de adquirir um gasto a mais e, desnecessário, na nossa opinião, o governo do estado mais uma vez não se preocupa com os trabalhadores. É mais uma medida autoritária. A audiência não vai nos ouvir. Eles estão se lixando pro trabalhador. É apenas uma medida protocolar, uma vez que o site da Sead informa que a reunião tem apenas ‘o objetivo de sanear dúvidas referentes ao processo licitatório (edital e projeto básico) e não quanto ao valor ou forma de pagamento do auxílio-alimentação’”, afirma a presidente.
Segundo ela, a maioria dos estabelecimentos do interior não aceitam o cartão e quando aceitam cobram taxas do beneficiário. “Na época do Sodexo (empresa que emitia os cartões até 2018, os trabalhadores de Caapiranga tinham que se deslocar até Manacapuru para efetuar suas compras porque o comércio de lá não aceitava. Quando teve autorização para o Sodexo, um dos donos do comércio passou a cobrar ágio nas compras porque demoravam para repassar os valores”, explicou Ana Cristina.
Histórico
De acordo com o Sinteam, até abril de 2018, o auxílio-alimentação era pago por meio de um cartão magnético da empresa Sodexo. Porém, durante a greve dos trabalhadores em educação, uma das pautas de reivindicação da categoria era o reajuste do valor do benefício. O então governador Amazonino Mendes assinou o decreto 38.827, de 6 de abril de 2018, para que o vale-alimentação fosse depositado direto na conta do servidor.
Asprom Sindical
O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) também está convocando os professores e pedagogos para comparecerem à audiência pública sobre o auxílio-alimentação, que acontecerá na sede da Sead. “Precisamos dizer em alto e bom som que queremos o auxílio-alimentação no contracheque. O governo precisa entender que nós é que sabemos o que é melhor para nós”, diz a convocação.
“Queremos o valor do auxílio-alimentação no contracheque para termos a liberdade de o utilizarmos nos estabelecimentos que desejarmos e não somente nos que serão autorizados para receberem o cartão. Também não queremos ser prejudicados e sair perdendo quando não utilizarmos todo o valor do auxílio-alimentação, sendo que o cartão não é cumulativo, e porque o cartão acresce taxas que aumentam o valor do produto, e ainda mais agravante os professores do interior sairão mais prejudicados sendo que praticamente não existem estabelecimentos que aceitam o cartão”, diz o sindicato.
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