Conecte-se conosco

Manaus

Amazonas tem duas cidades com alto risco de surto de dengue; Manaus está em alerta

São Gabriel da Cachoeira e Tefé foram classificadas de alto risco de surto . Outras 17 cidades, incluindo Manaus, Tabatinga, Barcelos e Benjamin Constant, alcançaram o índice de 1% ou superior, o que significa que estão em alerta.

O estado do Amazonas registrou, em 2019, 2,8 mil casos prováveis de dengue, doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. No mesmo período, as autoridades de saúde estaduais computaram 103 notificações de chikungunya e 62 de zika. Os dados são do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e foram publicados pelo site Agência do Rádio.

O Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) do Amazonas aponta que o estado apresenta médio risco para doenças transmitidas pelo mosquito, com índice predial de 1%.

Duas cidades amazonenses foram classificadas de alto risco de surto para as três doenças: São Gabriel da Cachoeira e Tefé. Outras 17, incluindo municípios como Manaus, Tabatinga, Barcelos e Benjamin Constant, alcançaram o índice de 1% ou superior, o que significa que estão em alerta.

Para 2020, a Fundação de Vigilância em Saúde deve intensificar as visitas domiciliares nos municípios amazonenses.

Uma das pessoas que lidaram com a dengue foi o próprio gerente de controle de endemias do município de São Gabriel da Cachoeira, Teotônio Luciano de Oliveira. Apesar de morar no centro da cidade, ele indica que não é possível determinar se foi infectado pelo mosquito perto de casa. Segundo o agente de 49 anos, o nível de infestação local é tão alto que ele pode ter sido picado em qualquer lugar da cidade.

Quando começou a apresentar os sintomas, chegou a pensar que poderia ser malária, outra doença com alta incidência no estado. As duas causam dor de cabeça e no corpo, além de febre. Depois que o exame para a malária veio negativo, Oliveira teve a confirmação da dengue. Foram sete dias para se recuperar.

Preocupado com reincidências, Teotônio deixa um recado para os conterrâneos.

“A população tem que ter educação, porque lixo é a principal fonte de criação do mosquito. Se a pessoa não cuidar do lixo primeiramente, é um fator que vai contribuir para que se insira o Aedes aegypti. E isso prejudica outras pessoas. O fator principal é a educação da população, para que isso tenha um fim e possamos acabar com ele”.

Em 2020, Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas manterá as ações para diminuir a incidência das doenças transmitidas pelo mosquito durante o período das chuvas. Já faz visitas aos domicílios em bairros com maiores quantidades de infecções e de registros do Aedes aegypti, como explica o assessor técnico da fundação, Heine Teixeira.

“A principal ação que a gente tem é a destruição dos criadouros. A visita diária dos agentes nas residências. Depois que aparecerem os primeiros casos, é muito difícil controlar. Se você não fizer uma ação conjunta dentro dos municípios com a sociedade, a população e a Secretaria de Limpeza, a gente não tem êxito”.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 × quatro =