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Livrarias russas retiram obras LGBTQIA+ depois de governo impor restrições

A nova legislação, aprovada nesta segunda-feira, aumenta a proibição para divulgar “propaganda a relações sexuais não tradicionais”.

Manifestação contra lei imposta na Rússia. (Foto: Jonathan Nackstrand/AFP)

Livrarias russas começaram a retirar, nesta terça-feira,6/12, obras sobre temáticas LGBTQIA+ de seus acervos. A medida ocorre um dia depois de o presidente do país, Vladimir Putin, ter assinado um decreto que endurece as restrições a atividades consideradas como “promoção dos direitos desta comunidade”.

A nova legislação, aprovada nesta segunda-feira, aumenta a proibição para divulgar “propaganda a relações sexuais não tradicionais” a livrarias, produtoras de filmes e de jogos de vídeo, anunciantes e a meios de comunicação social no geral. Até então, restrições de assuntos relacionados a causa eram destinadas somente a menores de 18 anos.

Segundo o jornal português Diário de Notícias, nova legislação estabelece que violações são puníveis com multas que variam entre 100 mil e quatro milhões de rublos (entre R$ 8,3 mil e R$ 333 mil). Além disso, se forem cometidas por indívudos que não moram no país, podem levar a 15 dias de prisão e à expulsão da Rússia.

De acordo com a agência de notícias independente Novaya Gazeta Europe, a maior rede de livrarias da Rússia, a Chitay-Gorod, e a popular livraria de Moscovo Respublika recolheram, em menos de dois dias, todas os exemplares que tratam das chamadas “relações não tradicionais”.

Em 2020, a Rússia já tinha tornado ilegal o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao aprovar mudanças na Constituição do país. As alterações estipulavam, dentre outros pontos, que “a instituição do casamento é uma união entre um homem e uma mulher”.


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