Governo do AM negou reforço de ambulâncias e médicos para Festival de Manacapuru antes do acidente, apontam documentos

A Prefeitura de Manacapuru pediu e o governo do Amazonas negou reforço na área de saúde para atender o 24º Festival de Cirandas, onde houve o acidente que feriu 25 pessoas, sendo 6 em estado grave, na noite do último domingo, no Cirandódromo, mostram documento ao qual o 18horas teve acesso.

De acordo com o Ofício 0173/2022, a Secretaria de Saúde de Manacapuru solicitou à Secretaria de Saúde do Estado (SES) suporte, considerando a complexidade e a magnitude do evento e requereu apoio logístico e de recursos humanos para atuar no sistema de saúde do município.

Em resposta, o governo do Estado informou a impossibilidade de atendimento da demanda em relação às ambulâncias e aos médicos. Quanto aos insumos e medicamentos, foi pedida a elaboração de uma lista para a análise da Central de Medicamentos do Estado (Cema).

Foram pedidas duas ambulâncias de suporte avançado; insumos químicos, cirúrgicos e farmacológicos; 1 clínico geral, 1 cirurgião geral, 2 enfermeiros e 3 técnicos de enfermagem para cada dia do evento.

O documento da Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru foi assinado pelo secretário Rodrigo Saraiva. E A resposta do governo do Amazonas foi assinada pela gerente da Regional Rio Negro e Solimões da SES, Maria Aranha.

Feridos

Um acidente com um guindaste de uma alegoria da Ciranda Flor Matizada, no último domingo, deixou seis vítimas em estado grave, segundo informações do Governo do Estado. As vítimas estavam em uma alegoria que despencou de uma altura de aproximadamente 10 metros. As pessoas feridas têm entre 18 e 42 anos de idade. “São 15 homens e 11 mulheres”, diz a nota do governo.

Por falta de ambulâncias suficientes no município, o governo informou que enviou dez ambulâncias, ao longo da noite de domingo e madrugada desta segunda-feira, para transferência de vítimas para a capital. Em Manaus, as vítimas deram entrada nos hospitais 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo. “Seis pacientes são considerados graves”, conclui a nota do governo.