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Amazonas

Cientista social diz que Wilson Lima não tem programa e promove espetacularização na Segurança Publica

Professor universitário Luiz Antônio Nascimento destacou que atual governador do AM é leniente com a insegurança no estado

O cientista social e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Luiz Antônio Nascimento disse nesta segunda-feira (11/07) que o Governo Wilson Lima não tem programa de Segurança Pública. A análise se deu após a prisão de cinco policiais militares e um canoeiro acusados de roubar e extorquir garimpeiros. Os suspeitos foram presos no último sábado (09), em Maraã.

Em 9 de julho de 2021, o então secretário executivo-adjunto de Inteligência do Governo do Amazonas, delegado Samir Freire, ser preso durante operação da Polícia Federal e do Ministério Público Estado do Amazonas), em Manaus, também acusado de usar a estrutura da SEAI para roubar ouro extraído de garimpos clandestinos. Outros 3 policiais civis do Amazonas foram presos na operação batizada de Garimpo Urbano.

“Parece implicância minha, pode parecer, mas eu sou professor universitário e tenho em um dos temas de pesquisa a política de segurança pública no estado. E o que a gente pode afirmar é que o Governo Wilson Lima não possui uma política de segurança pública. Ele tem um programa de espetacularização da segurança pública, com carros sendo comprados para cima e para baixo, com preços superfaturados etc. Mas não tem política de segurança pública. E a demonstração disso é que não se tem gente competente para tocar a segurança pública”, analisou o cientista social.

Luiz Antônio Nascimento disse que o governador do Amazonas não tem comando na gestão de segurança pública e permite que membros das forças de segurança cometam crimes na corporação. “Há um governador que é leniente com a segurança pública, que não tem comando, e acaba permitindo que os comandados fiquem à vontade para fazer o que bem entende. É o que está acontecendo com as polícias. Então, quando você vê policiais agindo como bandidos, e não há uma resposta dura e contundente contra eles, e como deveria ter ocorrido no ano passado quando esses policiais foram presos com roubo e extorsão de ouro, você abre brecha para que o processo continue. Esse é o problema. Não temos um governador comprometido com a segurança pública, você não tem uma política de segurança pública e a sociedade responde por isso com aumento vertiginoso de por exemplo as taxas de homicídios no estado do Amazonas”, avaliou.

Bom exemplo
O presidente do presidente do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção, o advogado Carlos Santiago, disse que a “a polícia tem de dar um bom exemplo, tem que ser eficaz no seu trabalho, tem que promover segurança pública e tem extirpar qualquer tipo tinha agente público dentro da sua corporação que haja envolvido por corrupção”. “O Amazonas, hoje, tem um dos piores indicadores de violência do país e do mundo. O Amazonas precisa de uma política de segurança pública que resolva a insegurança dos amazonenses. O governo com suas instituições, ouvidorias, corregedorias, precisa agir. A polícia não é lugar para bandidos. A polícia é uma instituição de combate a bandidos e a ilegalidade. Não fica bem para o Amazonas e muito menos para a polícia o envolvimento de seus membros em atos e atividades de corrupção”, comentou o advogado.

Prisões
O Governo do Amazonas confirmou as prisões em Maraã, no sábado, e informou que os policiais foram afastados de suas funções e que a Corregedoria-Geral do Sistema de Pública, da SSP-AM, em conjunto com a Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) instauraram um procedimento administrativo disciplinar para investigar a conduta dos policiais, que ficarão à disposição da Justiça.

De acordo com a Polícia Militar de Maraã, moradores avisaram à Polícia Militar que viram duas lanchas na região com o símbolo da Secretaria de Segurança Pública e que uma delas estaria com problemas mecânicos. Após a abordagem, os policiais militares de Maraã pediram informações de Tefé e constataram que nenhum deles estava de serviço e que estavam indo ao garimpo Puré, onde já haviam feito outros assaltos.

As lanchas utilizadas pelos policiais são usadas em missões contra o tráfico de drogas e outras atividades ilegais no estado. A polícia vai investigar se os presos participaram de outros assaltos em garimpos na região do Alto Rio Amazonas, como “piratas de rio”.
Foram apreendidos fuzis e pistolas com os policiais.


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