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Brasil

Retomada do cinema no Brasil: público aumenta em 485% nos seis primeiros meses de 2022

O número dos últimos seis meses quase alcança o resultado final do ano passado, que somou um público total de 52,6 milhões durante 2021.

“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” é a maior bilheteria no cinema nacional neste primeiro semestre de 2021.(Foto: Divulgação/Walt Disney Studios)

Filmes de grandes estúdios como Disney, Warner e Paramount têm impulsionado a retomada do cinema brasileiro. No primeiro semestre de 2022, as salas de exibição já receberam 44,5 milhões de pessoas, sobretudo para assistir produções estrangeiras, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

O número dos últimos seis meses quase alcança o resultado final do ano passado, que somou um público total de 52,6 milhões durante 2021.

O setor arrecadou cerca de R$ 869,9 milhões no primeiro semestre deste ano, um pouco menos da renda total do ano passado, que foi de R$ 918,9 milhões.

De acordo com a Ancine, a indústria cinematográfica foi fortemente impactada pela pandemia da Covid-19, com estabelecimentos fechados por tempo indeterminado, estreias bilionárias adiadas e produções paralisadas.

Apesar da reabertura no fim de 2020, os exibidores tiveram o desafio de trazer o público de volta às salas de cinema, com limite de público alterado e protocolos de combate à disseminação da doença. Além disso, a ascensão dos serviços de streaming e a diminuição da janela de exibição tiveram grande impacto na retomada.

Foi durante a pandemia que diversos estúdios apostaram nos próprios streamings, como Disney e HBO, e lançaram as plataformas no Brasil. O investimento publicitário desses players para conquistar e manter assinantes aumentou consideravelmente em 2021, comparado com 2019. Houve uma alta de 243%, de acordo com uma pesquisa do Kantar Ibope Media.

Ainda de acordo com a pesquisa, essas plataformas de vídeo alcançam cerca de 42% das pessoas em um mês dentro do domicílio, e os principais motivos para a assinatura do serviço são: o preço, o amplo catálogo de novos filmes e séries, bem como as produções mais antigas, o site/aplicativo funcionar bem em todos os dispositivos e a facilidade de navegação.

O maior serviço por assinatura da atualidade, a Netflix, superou a marca de 200 milhões de assinantes durante a pandemia. Já no primeiro trimestre de 2022, o gigante precisou pela primeira vez demitir funcionários após uma queda brusca de assinantes pela primeira vez em 10 anos, causada pelo fim do lockdown e o aumento da concorrência, por exemplo.


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