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Organização Meteorológica Mundial pede que Brasil pare desmatamento na Amazônia

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, destacou que o desmatamento na Amazônia tem um grande impacto sobre o clima em geral.

A Força Nacional atua no combate ao desmatamento na Amazônia desde 2017.(Foto Mario Vilela Funai)

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, pediu que o governo brasileiro pare com o desmatamento na Amazônia, alertando que isso tem tido um grande impacto sobre o clima em geral.

Na apresentação do relatório sobre o Estado do Clima Global em 2021, com dados que a ONU considera alarmantes, a primeira pergunta foi sobre a situação na Amazônia, que continua sob atenção internacional. Ele destacou que “o desmatamento na região da Amazônia tem tido um grande impacto sobre o clima e, se você acrescentar esse componente às outras emissões vindas da América Latina, isso tem uma grande contribuição”.

Para Taalas, um dos grandes desafios mundiais é deter o desmatamento da floresta amazônica. Segundo ele, o desmatamento na região “está ocorrendo para produzir ração para o gado e essa cultura atual de consumo de carne também está, em parte, causando este problema que enfrentamos na região amazônica”.

Destacou que o que tem acontecido nos últimos anos é que a floresta amazônica absorvia carbono, mas que medições recentes mostram que pelo menos uma parte da região se tornou uma fonte de emissões de carbono relacionadas à seca e mudança no clima local.

“Há um grande risco de que essa situação vá mais longe e que tenha um impacto negativo sobre o ecossistema”, diz Taalas. Ou seja, “a Amazônia é uma das áreas de risco, especialmente se formos para números maiores de aquecimento, há o risco de perdermos todo o ecossistema”.

O conselho de Taalas ao governo do Brasil é parar o desmatamento e focar em plantio de mais florestas na região. “É claro que existem pressões econômicas e locais para continuar o desmatamento, mas isso pode ser a longo prazo muito prejudicial para o país se perdermos esse ecossistema.”


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