Reunião do Codam tem cobrança da presença de Wilson Lima e David Almeida pra tratar de ameaças à Zona Franca de Manaus

Na manhã desta quarta-feira (20/04), representantes de trabalhadores e empresários do Polo Industrial de Manaus (PIM) cobraram a presença do governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), e do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), na 295ª Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam). Os empresários cobraram até mudança de atitude diante dos ataques à Zona Franca de Manaus (ZFM), como ao decreto que permite a redução em 25% das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no país.

O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Amazonas (Ftieam), Ricardo Miranda, disse, na reunião, na sede da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), em Manaus, que o governador Wilson Lima e o prefeito de Manaus, David Almeida, deveriam ter participado, pois todos desejam saber quais as medidas e diretrizes que serão tomadas em defesa da ZFM.

“Eu queria que o governador tivesse presente hoje nessa reunião e o prefeito também. Sabe por quê? Para a gente saber da palavra dele quais são as diretrizes que o governador tem em prol da Zona Franca de Manaus. Para a gente ficar sabendo do que ele poder fazer, e o que deve fazer. Para que esse conselho faça uma avaliação profunda daquilo que o governador tem em mente em prol do povo do Amazonas. A mesma coisa o prefeito. O prefeito tem de vir nesse conselho do Codam, por mais que ele tenha um representante ativo nesse conselho, mas ele tem de vir. Primeiro dar sua palavra em prol de Manaus, daquilo que está fazendo e daquilo que ele fará para Manaus”, afirmou.

Ricardo Miranda também disse que a Zona Franca enfrenta uma batalha política. “Não é fácil a carga que nós temos que ganhar. Não podemos nem empatar. Temos que ganhar mais uma vez essa queda de braço política. Essa é a grande realidade. Conversei com alguns diretores de empresa, uns a favor, outros contra. Por isso que a fala do prefeito e do governador seria muito importante”, disse.

O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, também cobrou a presença das autoridades no encontro. “O governador do estado e também o prefeito deveriam participar conjuntamente desse conselho, porque aqui nós debatemos o desenvolvimento do Amazonas, e esse conselho deve ser muito mais propositivo, nós não fazemos só radiografias, observação, de projetos a respeito. Temos de mudar de atitude. Falei isso publicamente e volto a repetir.
Nós temos sido passivos, reativos. Temos de mudar. Nós não podemos aceitar passivamente. Nós não podemos mais nos posicionarmos de forma pequena. Temos que nos posicionar com a altivez e o tamanho desse estado”, cobrou Wilson Périco.

União

O superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), general Algacir Polsin, que também participou da reunião, pregou união e integração entre empresários, Governo do Estado, bancada parlamentar e governo federal para dirimir os efeitos negativos que ameaçam o polo industrial.

“Não é gritar somente na hora que estamos vivendo um momento crítico. Nós temos de trabalhar permanentemente para preservar este modelo. Nós temos, no momento de crise, de trabalhar para reverter as ações que estão nos prejudicando, cada um na sua área, respeitando os limites da área de cada um. E, caso alguma decisão permaneça que nos prejudique, nós temos que verificar o que poderemos fazer, cada um na sua área, para minimizar os impactos”, afirmou

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Felipe Souza, disse que o governador do Amazonas tem buscado todos os diálogos possíveis junto ao presidente Jair Bolsonaro para reverter o decreto que prejudica a Zona Franca de Manaus.

A 295ª Reunião Ordinária do Codam foi a primeira a ser presidida pelo novo secretário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Angelus Figueira que, na oportunidade, representou o governador Wilson Lima, que é o presidente do Conselho.

A pauta contou com 37 projetos, sendo 13 de implantação, 23 de diversificação e um de atualização. A previsão é de criação de 1.668 novos postos de empregos, sendo 1.396 de mão de obra direta (produção), 272 de mão de obra administrativa, além de 500 outros postos para os próximos três anos.