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Amazonas

Linhas de produção estão paradas na Zona Franca devido à Operação Risco Zero, informa auditor

Cerca de 600 Declarações de Importação estão atrasadas devido ao protesto realizado por auditores fiscais da Receita Federal

Linha de produção no Polo Industrial de Manaus. (Foto:Ariane Alcântara/G1 AM)

Iniciada em dezembro do ano passado em protesto ao corte de 50% no orçamento da Receita Federal, a Operação Risco Zero, deflagrada pelos auditores fiscais, já reflete em paralisação de linhas de produção de fábricas do Distrito Industrial de Manaus e no acúmulo de Declarações de Importação (DIs) a serem desembaraçadas pela Receita Federal no Amazonas.
“Devido à Operação Risco Zero, cada auditor tem em média 80 Declarações de Importação (DI) para analisar, gerando um acúmulo de quase 600 DIs em atraso. Isso tem gerado atraso na liberação de insumo e componentes eletrônicos para o Polo Industrial de Manaus. Segundo o Cieam, já existem indústrias com as suas linhas de produção paradas, e outras que devem parar na próxima semana por falta de componentes, gerando um efeito cascata na economia local”, informou o presidente em exercício da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco/AM), Marcos José de Souza Neto, ao programa 18 Horas/Rádio Mix FM.

Marcos José de Souza Neto ressaltou que os auditores amazonenses seguem em mobilização contra a demora do Governo Federal em regulamentar a Lei 1364/2017; a não realização de concurso público desde 2014, além do corte em 50% do orçamento. Ele disse que os auditores existentes não são suficientes para fiscalizar nem 5% das mercadorias que chegam no estado.
“O efetivo da Receita Federal no Amazonas sofreu uma enorme redução nesses anos sem concurso. E a solução encontrada pelo governo foi regionalizar as atividades. Hoje, temos uma equipe de 7 auditores lotados em Manaus trabalhando para desembaraçar importações de toda a região Norte”, informou.

Isso significa que 95% das mercadorias que entram pelo aeroporto Eduardo Gomes e pelos portos do Amazonas não são avaliadas corretamente.

Em todo o país, os auditores fiscais querem que o governo federal reveja o congelamento de salário do funcionalismo e regulamente o bônus de eficiência, um adicional concedido para quem cumpre metas de eficiência, prometido em negociações anteriores.


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