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Amazonas

Delegado diz que inquérito sobre desvio de testes de Covid-19 no Amazonas está “em estado avançado”

Guilherme Torres disse que o indiciamento dos envolvidos será realizado ao término das investigações.

O delegado Guilherme Torres, titular da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil do Amazonas, informou, nesta quarta-feira (16/03) que o Inquérito Policial (IP) instaurado para investigar o caso do desvio de testes de Covid-19 da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) se encontra-se em estado avançado.

Guilherme Torres disse que o indiciamento dos envolvidos será realizado ao término das investigações e que “portanto, mais informações serão repassadas somente após a finalização dos procedimentos policiais”.

O inquérito foi instaurado em janeiro, após a polícia de Roraima apreender mais de três mil testes rápidos de Covid-19 desviados da rede pública de Saúde do Amazonas. A suspeita é que o material seria vendido para clínicas ou laboratórios particulares, segundo informações G1 Roraima.

O motorista do furgão onde estavam os testes afirmou que a carga era uma doação da Secretaria de Saúde do Amazonas (SES) para a Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau), segundo a delegada Magnólia Soares, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Administração Pública de Roraima. Ao ser feita a verificação com a Sesau (RR), foi constatado que o estado não tinha conhecimento dessa doação”, afirmou a delegada, que confirmou que o material foi desviado da rede pública de Saúde do Amazonas.

Na época do desvio, o coordenador da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), nomeado pelo governador Wilson Lima (UB) era o empresário e farmacêutico Erike Barbosa de Carvalho Araújo, que aparece como sócio-administrador da empresa Femax Serviços e Comércio Eireli, investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde na Assembleia Legislativa de Roraima.

A CPI da Saúde em Roraima constatou que, na pandemia, empresas foram beneficiadas em licitações emergenciais sem o Estado receber os produtos ou os serviços contratados por milhões de reais. O relatoria cita a compra de respiradores para atender às unidades de saúde que custaram R$ 6,4 milhões e nunca foram entregues.

O empresário foi afastado do cargo, “considerando a necessidade da apuração” do desvio de mais de 3 mil testes de Covid-19 que seriam vendidos em farmácias e laboratórios de Boa Vista, segundo a Polícia Civil de Roraima. O Decreto de afastamento foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 25/01.


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