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Amazonas

Amazonas tem aumento bilionário na arrecadação no início de 2022

Deputado disse que o aumento da arrecadação não está garantindo a melhoria esperada de serviços como saúde e segurança pública.

A arrecadação de impostos no Amazonas cresceu R$ 1,56 bilhão nos dois primeiros meses de 2022, na comparação com os dois primeiros do ano anterior, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), publicados no Portal da Transparência do Estado. O Estado arrecadou em janeiro e fevereiro deste ano, R$ 5,2 bilhões (R$ 5.280.581.539,80), contra R$ 3,7 bilhões (R$ 3.712.310.204,15) em 2021.


Nos últimos anos, a arrecadação de impostos no Amazonas vem batendo recordes históricos. E o governo do Estado nunca teve tanto dinheiro para gastar. Em fevereiro, a Sefaz informou que o Estado fechou o ano de 2021 com R$ 2,754 bilhões a mais na receita, tendo arrecadado R$ 25,516 bilhões durante o exercício. No ano em que ele tentará se manter na cadeira de governador, a gestão do governador Wilson Lima (PSC) terá, em seu quarto ano de mandado, muito mais recursos orçamentários do que teve em 2021.

Em quatro anos, Wilson Lima terá administrado o maior orçamento da história do Amazonas em um único mandato: cerca de R$ 81,3 bilhões. O orçamento do ano de 2022 é R$ 8,6 bilhões maior do que o de 2018, da gestão anterior, do então governador Amazonino Mendes. Desde 2019, o Estado vem batendo sucessivos recordes de arrecadação de impostos.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD), disse, no mês passado, durante a audiência pública com o secretário da Sefaz, Alex de Giglio, para avaliar o cumprimento das metas fiscais do governo do Amazonas, que há um descompasso com os gastos do Governo do Estado e que o aumento da arrecadação não está garantindo a melhoria esperada de serviços como saúde e segurança pública.

De acordo com Ricardo Nicolau, apesar da boa saúde financeira, os serviços públicos oferecidos pelo Estado só piorou. “Há pessoas que esperam há anos por cirurgias. Não temos conhecimento de nada que tenha melhorado na educação. Na segurança pública, o Amazonas foi o único estado do Brasil que teve aumento no número de homicídios. Os problemas do Amazonas não são financeiros. O governo do Amazonas gasta mal”, afirmou.

Alex de Giglio disse que o números são resultado de ajustes estratégicos na área tributária, sem aumento de carga ao consumidor final, assim como de fatores microeconômicos, como o bom desempenho do setor de duas rodas no Polo Industrial de Manaus. E de fatores macroeconômicos, como a depreciação do real perante o dólar, o ‘boom’ das commodities e o aumento sistemático do preço dos combustíveis no Brasil.

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