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Amazonas

Instalação de flutuantes no Tarumã-Açu está na mira da Prefeitura; dez são instalados por mês

O ordenamento da instalação de novos flutuantes no Tarumã ocorre para conter ocupação desordenada.

Flutuantes no rio Tarumã. (Foto: Abaré-Divulgação)

A suspensão de novos licenciamentos ambientais para instalação de bares e restaurantes flutuantes na área da bacia do Tarumã-Açu, zona Oeste, foi uma das medidas anunciadas na reunião realizada pela Prefeitura de Manaus nesta segunda-feira, 22/2. Durante o encontro, foi revelado que cerca de dez empreendimentos se instalam, por mês, no local já ocupado por mais de 600 empreendimentos.

A suspensão da instalação de novos flutuantes na área do rio Tarumã tem os objetivos de conter a ocupação desordenada no local, impedir a poluição ao meio ambiente e garantir normas de segurança aos frequentadores.

De acordo com a diretora de Turismo da Manauscult, Oreni Braga, a instalação desses empreendimento fica suspensa até que seja elaborado um Plano Normativo para Flutuantes Turísticos e apresentada a formulação e conclusão do Plano da Bacia Hidrográfica do Tarumã. “Nosso objetivo aqui não é discutir problemas, mas apontar soluções. Em consenso, acordamos com o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, vinculado ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado do Amazonas, o SIGRH/AM, a suspensão de novos licenciamentos ambientais para concessão do espelho d’água”, disse.

O encontro consolidou a primeira oficina de trabalho para definir o ordenamento e regularização dos flutuantes em operação na bacia do Tarumã-Açu, zona Oeste, para inclusão no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur). Durante as oficinas serão apresentados os procedimentos para ordenar a ocupação do espaço para garantir o maior controle da atividade, organização, proteção ambiental e a geração de emprego e renda, não apenas na capital, como também no interior do estado.

A reunião contou com a participação de representantes da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult); da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur); Batalhão Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar; Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa); Capitania dos Portos; Associação de Flutuantes Turísticos do Tarumã (Afluta); Associação dos Trabalhadores de Transporte Fluvial e representantes de diversos órgãos ligados ao setor turístico

Flutuantes

Dados recentes da Afluta apontam que o meio de hospedagem movimenta R$ 4.320.000 por ano, em diárias, com notável importância para o desenvolvimento do setor.

Segundo Oreni, a regularização é imprescindível para que este segmento se consolide como alternativa de lazer turístico e econômico. “Estamos empenhados neste projeto desde o ano passado, atendendo a determinação do prefeito David Almeida que é inserir Manaus no contexto nacional e internacional do turismo, sobretudo, oferecer alternativas para o aumento da permanência média do turista na cidade, o que contribuirá significativamente para a geração de emprego e renda, começando pela capacitação dos profissionais que trabalham na área”, declarou.

Ao longo da capacitação, facilitada pelo sargento da Capitania dos Portos, Julimar da Silva Brito, foi explicada a importância das pessoas que trabalham com os flutuantes buscarem a regularização. “Todos os empreendimentos que estão legalizados estão contribuindo para a segurança da navegação e para o ordenamento do espaço aquaviário”, destacou.

Para a diretora de Desenvolvimento e Turismo da Amazonastur, Isadora Alfaia, a realização dessas oficinas demonstra que o estado e o município não têm a intenção de punir ou agir de forma coercitiva, mas, trazer conhecimento. “Com a regulamentação e capacitação, esses empresários terão condições de atender os turistas de forma ordenada e segura”, enfatizou.

Metas

Serão ofertados, pela Diretoria de Turismo da Manauscult, novos cursos de capacitação que envolvem educação ambiental, manipulação de alimentos, empreendedorismo, idiomas e outros, visando à conclusão do processo de ordenamento e regulamentação dos flutuantes turísticos e de lazer.

Cadastur

Conforme o Ministério do Turismo, a participação no Cadastur é obrigatória para agências de turismo, meios de hospedagem, organizadoras de eventos, parques temáticos, transportadoras turísticas e também para os guias de turismo.

A maioria dos programas e ações do Ministério do Turismo voltados para os municípios e empreendedores, como o financiamento de projetos, exige o número do Cadastur. Além de garantir diversas vantagens e oportunidade de negócios, o programa também é uma importante fonte de consulta para o turista, com mais de 90 mil prestadores de serviços.


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