Brasil
Taxa atual de contágio da variante da Covid-19 no Brasil é algo sem precedentes, avalia matemático
O coordenador da plataforma Info Tracker aponta que algumas regiões que já tiveram ascensão da variante, devem começar a ter o pico de descida nas próximas semanas.
A taxa de contágio da Covid-19 no Brasil chegou a 2,10. Wallace Casaca, matemático e coordenador da plataforma Info Tracker, disse à CNN que esse número significa algo sem precedentes no histórico do Brasil, que atingiu uma taxa recorde.
Casaca explica que o número elevado de novos casos vai continuar aumentando nas próximas semanas.
“A notícia positiva é que a taxa vai começar a descer, a notícia negativa é que estamos num patamar muito alto”, disse. O matemático aponta que a médio prazo, é de se esperar que os novos contágios vão começar a descer.
“E com isso, a gente vai observar essa redução repercutindo nos óbitos, mas vai levar um pouquinho mais de tempo.”
Questionado sobre se a alta procura por testagem no país pode influenciar na taxa contágio por coronavírus, Casaca explica que nunca houve um processo de testagem massiva no país.
“O que a gente observa agora, é que as pessoas têm procurado laboratórios de saúde e farmácias […] de fato, existe a contribuição das pessoas estarem procurando mais, mas na verdade, o que faz com que esse aumento seja tão elevado na taxa de transmissão, é a variante Ômicron.”
O coordenador da plataforma Info Tracker aponta que algumas regiões que já tiveram ascensão da variante, devem começar a ter o pico de descida nas próximas semanas.
“O primeiro aspecto a ser considerado, é que a variante Ômicron leva a grandes picos em um período de tempo muito pequeno. A gente espera picos absurdamente altos, mas o ciclo que o vírus acomete a pessoa é menor.”
Num segundo momento, Casaca aponta a vacinação como fator importante para que a taxa de óbitos não tenha atingido o mesmo patamar do início de 2021, quando o país atingiu mais de 3 mil óbitos.
“A vacinação fez com que os nossos óbitos não atingissem as marcas tristes que observamos em março [de 2021], de três mil mortes. É claro que a gente não pode minimizar a Ômicron em momento algum. Muito provavelmente vai chegar a atingir mil óbitos por dia, o que é muito grave. Mas, por outro lado, a vacina acaba contribuindo de forma muito positiva para puxar esse dado para baixo cada vez mais rápido”, explica.
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