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Economia

Bares e restaurantes esperam sanção do Relp para continuar no Simples Nacional, diz Abrasel

Pesquisa da Abrasel em todo o território nacional mostra que 96% dos empresários consultados avaliam aderir ao refinanciamento de impostos federais já aprovado no Congresso.

Foto: Ilustrativa/Pixabay

Pesquisa realizada pela Abrasel em dezembro de 2021 mostra que a maioria dos empresários do setor de alimentação fora do lar aguarda ansiosamente pela promulgação do Relp (Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional), o refinanciamento de dívidas federais para micro e pequenas empresas.

A enorme maioria (96%) mostrou-se interessada: 60% dizem que irão aderir com certeza e outros 36% afirmam que avaliam aderir dependendo das condições. Apenas 4% disseram que não pretendem adotar o refinanciamento. E não é para menos o alto índice de interesse.

Quase a metade das empresas consultadas (47%) já tem parcelas do Simples nacional em atraso. E 85% destes têm medo de serem desenquadrados do regime fiscal diferenciado.

“A expectativa é alta. Queremos começar o ano e reafirmar a retomada com o alívio de saber que não haverá o desenquadramento do Simples por dívida. Por isso o refinanciamento é tão importante. A sanção do presidente da República deve ser a primeira boa notícia do ano para o nosso setor”, avalia o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.

Segundo a pesquisa, a retomada ganhou corpo em dezembro. Mais de um em cada quatro estabelecimentos (27%) disse ter contratado funcionários no último mês do ano. Outros 22% têm a expectativa de seguir contratando no início de 2022. E, embora o índice dos que seguem trabalhando com prejuízo tenha melhorado pouco (de 35% em novembro para 33% em dezembro), é animadora a notícia de que um terço dos estabelecimentos (33%) já têm faturamento atual melhor do que antes da pandemia.

“O nosso setor tem sido o carro-chefe da economia nos últimos meses, ajudando a melhorar os índices de atividade econômica e de emprego, e também contribuindo para segurar a inflação. Mas precisamos de um olhar atento para a questão do endividamento. Mais de 70% têm empréstimos contratados, muitos deles via Pronampe”, afirma Paulo Solmucci.

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