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Amazonas

Manaus registra média de 3,9 homicídios a cada 24 horas nos primeiros 13 dias de dezembro

Em 2021, o número de assassinatos na capital do Amazonas já superou o número de homicídios registrados nos anos de 2019 e 2020

51 ocorrências por armas branca e de fogo foram registradas no IML somente em dezembro – (Foto: Carlos Soares/Secom e Divulgação/SSP-AM)

De 1º a 13 de dezembro, foram registrados 51 homicídios em Manaus, conforme dados das ocorrências registradas pelo Instituto Médico Legal (IML) do Amazonas, publicados no site da Secretaria de Estado de Segurança (SSP-AM). O número representa média de 3,9 assassinatos por dia.

De acordo com sociológico e professor de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas, Luiz Antônio Nascimento, a explosão de homicídio na capital pode ser reflexo do incentivo ao armamento praticado pelo governo federal e pelo sucessivo erro do Governo do Estado em não atacar a questão com planejamento estratégico.

Até outubro, Manaus teve 852 homicídios por armas de fogo e branca, segundo a SSP. Os dados de novembro ainda não foram divulgados. A cidade já superou o número de homicídios dos dois primeiros anos de gestão do governador Wilson Lima (PSC): 657 em 2020 e 839 em 2019.

“A gente precisa se debruçar melhor em cima desses números para a gente entender um pouco o que está acontecendo. Em parte a gente vê o que vocês estão noticiando. Os homicídios por arma de fogo entre cidadãos aumentou exponencialmente. Todos esses homicídios, estamos falando das últimas três, quatro semanas, são homicídios que não têm relação com o mundo das drogas. Mas tem relação com o uso de arma de fogo”, disse Luiz Antônio Nascimento.

Ele disse, ainda, que, somado ao incentivo do uso de armas, há uma falta de gestão estratégica do governo do Amazonas. “Combinado com isso, você tem um governo do Estado errático, ou seja, se a gente parar e perguntar: afinal de contas, qual o programa de segurança pública do governo do Estado do Amazonas? Ninguém sabe. Qual é a estratégia das polícias Militar e Civil do Amazonas. A gente não sabe”, acrescentou.


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