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Amazonas

“Relatório da saúde revela o mapa da morte e a falta de prioridade do Governo do Amazonas em salvar vidas”, diz deputado

‘O mapa da morte no Amazonas’, de acordo com Wilker Barreto, aponta que doenças do aparelho circulatório, com uma média de 3 mil mortes por ano, são as principais causas de óbitos no Estado.

Segundo o documento, a mortalidade por doenças do aparelho circulatório tem aumentado no Amazonas. (Foto: Reprodução)

Membro da Comissão de Saúde e Previdência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Wilker Barreto repercutiu nesta quinta-feira, 11, a apresentação do Relatório Detalhado do 2º Quadrimestre da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). O parlamentar revelou que foi possível identificar no documento ‘o mapa da morte no Amazonas’, após o relatório apontar que a principal causa de óbitos no Estado é devido às doenças do aparelho circulatório, sendo uma média de 3 mil óbitos por ano.

Para Barreto, os dados são reflexo da falta de gestão do Governo, bem como a ausência de investimento nos Hospitais e Prontos Socorros (HPS), como o 28 de Agosto e João Lúcio, unidades de saúde de grande porte no Estado, assim como o Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), considerada referência em cirurgias cardíacas na região Norte.

“O Wilson Lima continua negligenciando as vidas do nosso povo. Eu fico indignado porque para esse governador essas 3.386 famílias são apenas números. Mesmo depois do sofrimento que passou o Amazonas na pandemia, para esse genocida e chefe de quadrilha, a saúde não é prioridade”, afirmou o deputado, na tribuna da Aleam, ao comentar que dentre as doenças do aparelho circulatório estão infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

Barreto criticou a tomada de decisões equivocada do Executivo em destinar recursos desnecessários em outras áreas, enquanto a saúde padece no Amazonas. Um dos principais pontos para combater o óbito por doenças do aparelho circulatório seria a oferta de urgência e emergências mais céleres e equipadas, diminuindo o risco iminente de morte.

“Eu não sou contra pacotes de obra. Mas um gestor sério, entre a obra e a vida, ele fica com a vida. Não dá para pegar, dos R$ 150 milhões repassados para o município, R$ 10 milhões e aportar no Francisca Mendes? O que está acontecendo hoje é a farra do dinheiro público, o povo morrendo desassistido, abandonado e um delinquente desse fazendo graça com politicagem e o dinheiro do povo”, ponderou Wilker.

Relatório

Segundo o relatório do 2º Quadrimestre da Saúde em 2021, apresentado pela SES-AM em audiência pública virtual na última quarta-feira (11), em 2019 ocorreram 18.327 óbitos no Amazonas e quanto às principais causas de óbitos durantes as internações gerais, destacam-se, respectivamente, as doenças do aparelho circulatório com 3.386 óbitos, seguidas pelas causas externas com 3.030 e neoplasias com 2.729 mortes.

A primeira causa de morte no Amazonas está relacionada às doenças do aparelho circulatório, com registros de 3.386 mortes em 2019, sendo a maioria ocasionada por doenças cerebrovasculares com 1.248 mortes e as doenças isquêmicas do coração com 975 óbitos (destacando 84% de Infarto Agudo do Miocárdio – IAM).

Ainda segundo o documento, a mortalidade por doenças do aparelho circulatório tem aumentado progressivamente ano após ano.


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