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Economia

Cobrança pelo WhatsApp é legal; veja como reconhecer a autenticidade e evitar cair em golpes

Antes de fazer o pagamento é preciso tomar alguns cuidados para reconhecer a autenticidade do credor e não cair em golpes.

A cobrança pelo WhatsApp é prevista no CDC, segundo advogado. (Imagem: Dado Ruvic)

Cada vez é mais comum que cobranças de dívidas sejam feitas por WhatsApp em vez de ligações telefônicas. A prática não é ilegal. No entanto, antes de fazer o pagamento é preciso tomar alguns cuidados para reconhecer a autenticidade do credor e não cair em golpes.

Segundo o especialista em recuperação de crédito e fraudes digitais, Afonso Morais, do escritório Morais Advogados, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) já autoriza cobranças pelo aplicativo de mensagens desde 2013. A popularização veio com a pandemia e, hoje, diversas prestadoras de serviços e empresas de telefonia já usam este canal.

Para ele, a modalidade traz benefícios, como poder negociar com mais cautela, quando tiver disponibilidade, sem precisar responder às propostas durante uma ligação na frente de outras pessoas.

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— Muitas pessoas têm vergonha de falar no telefone sobre a dívida. Então, por mensagem, podem responder quando estiverem sozinhas, além de ter mais tempo para avaliar se o parcelamento é vantajoso e se cabe de fato no orçamento — opina Morais.

O advogado alerta, porém, que as empresas precisam respeitar algumas regras básicas: não enviar mensagens todos os dias, dando um espaçamento mínimo de 48 horas entre os contatos, não fazer ameaças para pressionar o pagamento nem usar palavras desrespeitosas.

O consumidor, por sua vez, deve ficar atento se o contato é realmente do credor e não de um golpista. Nesse caso, não deve passar dados pessoais, clicar em links ou acreditar em descontos aparentemente muito vantajosos.

— As cobranças normais não têm descontos absurdos. Isso só acontece quando a dívida é muito antiga, de anos, ou em feirões limpa nome. Por isso, o cidadão deve desconfiar de propostas boas demais — aconselha o especialista em fraudes digitais.

Como não cair em golpes
1) No primeiro contato, a empresa deve se identificar

Se desconfiar que se trata de um golpista, entre em contato com os canais oficiais de atendimento da empresa e verifique a autenticidade da cobrança. Pergunte também se a companhia tem a prática de fazer cobranças por WhatsApp.

2) Não clique em links

Ao fazer uma cobrança, a empresa não vai mandar nenhum link para que o cliente clique. Após a negociação entre as partes, é emitido um boleto para a quitação.

3) Avalie se a proposta é coerente

Veja se o desconto é compatível com a dívida ou se é vantajoso demais. Se a proposta for muito boa, desconfie.

4) Confira os dados

Na hora de fazer o pagamento, confira o código do banco e o nome do beneficiário. Não faça depósitos e transferências para pessoas físicas, ainda que se identifiquem como representantes legais da empresa. É necessária a apresentação de um CNPJ.

As informações são do Extra.


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