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Amazonas

Presidente em exercício da Fecomercio-AM afirma que setor não é responsável pela escalada de preços ao consumidor

O comércio se limita simplesmente a repassar os custos e chegar ao preço final de venda”, Aderson Frota.

Em um artigo com o título ‘A Bem da Verdade’, no site da entidade, o presidente em exercício da Federação do Comercio do Amazonas (Fecomercio-AM), Aderson Frota, diz que o setor não é o responsável pelo aumento dos preços das mercadorias.

Ele se manifesta contra uma pesquisa apontando que mais de 60% dos consumidores não iriam fazer compras na Semana do Brasil (de 3 a 13 deste mês) e na Black Friday, em novembro, porque os comerciantes estariam manipulando as promoções e aumentando os preços das mercadorias.

“Num primeiro momento, o que se percebe é uma grande desinformação do consumidor brasileiro”, informa.

Ele cita que o Brasil enfrenta disparada da inflação; escalada do dólar, que saltou de R$ 4,50 para R$ 5,25; aumento do barril de petróleo provindo do Oriente Médio; aumento, em consequência, do preço dos combustíveis; aumento do custo da energia elétrica agravado pela pouca água nos reservatórios da região Centro-Oeste do País; aumento do preço do minério de ferro; aumento do custo financeiro (taxa Selic); aumento dos insumos importados; aumento dos fretes em todos os modais (marítimo, rodoviário e aéreo); falta de navios e contêineres; aumento do preço das embalagens de metal e papelão.

“Convém inicialmente esclarecer, para as autoridades e para os consumidores, que o Comércio não altera e nem formula o preço das mercadorias que revende. O comércio se limita simplesmente a repassar os custos e chegar ao preço final de venda”, diz.

Segundo ele, “a bem da verdade, os preços praticados pelo comércio são formados pelos seguintes custos: pelo preço de compra dos fornecedores; pela carga tributária que incide sobre o preço final de venda; pelos custos de frete; pelos custos financeiros; pelo custo das licenças funcionais; e pelos demais custos administrativos e operacionais. Dentre os custos administrativos e operacionais, destacam-se: a folha de pagamentos e seus encargos (INSS, FGTS, férias e seus acréscimos, repouso remunerado, vales alimentação e transporte, e outros), e o custo da burocracia imposta pelos governos”.

Também afirma que o comércio “é o segmento econômico que mais recolhe impostos (em todos os níveis: federal, estadual e municipal); que mais emprega no estado do Amazonas e, principalmente, é a matriz econômica que atende a população em todos os quadrantes das cidades, tanto na capital quanto no interior do estado, fornecendo crédito e entregando mercadorias sem nenhum custo para os clientes”.

“Portanto, não podemos aceitar a imputação indevida e descabida que classifica o comércio como uma atividade espúria e sem valor, que só visa ao lucro e explora a população. Precisamos reformular o conceito do Comércio de Bens e Serviços, levando ao conhecimento da população o seu verdadeiro papel e buscando o legítimo reconhecimento de sua missão no atendimento às necessidades de toda a população”, encerra o artigo.


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