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França: Agentes são mortos a facadas em ataque ao comando da polícia em Paris
Desde o início do ano até o momento cerca de 50 policiais franceses cometeram suicídio.
Um funcionário que portava uma faca matou três policiais e um trabalhador administrativo na sede da polícia no centro da capital francesa, Paris.
O atacante, que não foi identificado, foi morto a tiros pela polícia.
Testemunhas descreveram cenas de pânico, com muitas pessoas fugindo do prédio em prantos. A área na île de la Cité foi isolada.
O ataque ocorreu um dia após a polícia entrar em greve por toda a França por causa do aumento da violência contra os policiais.
O promotor de Paris, Remy Heitz, disse que uma investigação de assassinato foi iniciada, mas o motivo para o ataque permanece incerto. No entanto, oficiais do sindicato da polícia sugeriram que o atacante pode estar envolvido em uma disputa no local de trabalho.
O ataque
Por volta das 13:00 (horário local) o atacante teria entrado no prédio e foi direto ao seu escritório, onde começou a atacar colegas com uma faca.
Ele esfaqueou três pessoas em dois escritórios e duas mulheres em uma escada, antes de ser morto a tiros por um policial dentro do pátio do prédio, segundo a imprensa francesa.
Três homens e uma mulher foram mortos, segundo Heitz confirmou aos repórteres. Uma quinta pessoa ficou gravemente ferida no ataque e foi enviada para fazer uma cirurgia de emergência. O edifício fica perto dos principais pontos turísticos, incluindo a icônica Catedral de Notre-Dame.
“A polícia estava correndo em pânico”, disse uma testemunha que estava dentro do pátio no momento do ataque ao jornal Le Parisien. “Fiquei surpreso ao ouvir tiros, porque este não é um lugar onde você ouve esse tipo de coisa. Primeiro pensei que era suicídio, porque há muitos deles no momento”, acrescentou.
O presidente Emmanuel Macron, o primeiro-ministro Edouard Philippe e o ministro do Interior Christophe Castaner já visitaram o local.
Segundo o ministro do Interior, o atacante era um especialista em TI de 45 anos que trabalhava para a força policial de Paris há 16 anos. Autoridades disseram que ele trabalhava na divisão de inteligência da força. Castaner disse que não havia sinais de alerta sobre o atacante, acrescentando: “Diante disso, ele parecia um funcionário modelo”.
A polícia revistou sua casa no norte da cidade e levou sua esposa sob custódia, embora a promotoria de Paris tenha dito que ela não foi acusada.
Havia tensões entre o homem-faca e seu supervisor, de acordo com Christophe Crepin, oficial do sindicato da polícia.
Segundo dados do sindicato policial parisiense houve mais de 50 suicídios por policiais somente neste ano. Eles culpam os números crescentes pelas difíceis condições de trabalho e pelo aumento da violência contra a polícia.
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