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Coordenador de segurança da presidência do Haiti é preso por suspeita na morte de Jovenel Moïse

Jean Laguel Civil e outros três agentes já estavam proibidos de deixar o país por causa das investigações; juíza está sendo procurada.

Presidente Jovenel Moïse foi assassinado na residência oficial no dia 7 de julho, no Haiti. (Foto:Reprodução/Internet)

O comissário Jean Laguel Civil, coordenador de segurança do presidente haitiano Jovenel Moïse, assassinado a tiros há duas semanas num caso ainda cercado de mistério, foi preso na noite desta segunda-feira. Segundo a polícia, ele é suspeito ter participado do complô que levou à morte de Moïse. Civil e outros três agentes responsáveis pela segurança do presidente já estavam proibidos de deixar o país por causa das investigações. A informação é de O Globo.

Nesta terça-feira,27/7, a polícia também emitiu um mandato de busca contra Wendelle Coq Thélot, juíza do Tribunal de Cassação, máxima instância judicial do país, que havia sido destituída por Moïse. Em uma ordem de prisão, Thélot é acusada de assassinato, tentativa de assassinato e assalto à mão armada. Seu paradeiro é desconhecido.

Ela é o segundo membro de Suprema Corte a ser acusado de envolvimento em um golpe contra o ex-presidente. No início deste ano, o juiz da Suprema Corte Yvickel Dabrésil foi acusado de fazer parte de um suposto complô para derrubar e matar Moïse. À época, ele e outras 17 pessoas foram presas no meio da noite, ainda de pijama.

O novo primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, prometeu levar os assassinos do presidente à Justiça. Até o momento, a polícia haitiana prendeu cerca de 20 mercenários, a maioria colombianos, e afirma ter descoberto um complô organizado por um grupo de haitianos que possuem ligações com o exterior, mas muitas perguntas permanecem sem resposta.

Henry substitui Claude Joseph, que atuava como primeiro-ministro desde 14 de abril e havia assumido interinamente a Presidência após o assassinato, em meio a uma disputa pelo poder. Joseph anunciou pressionado pelo chamado Grupo Central — que inclui países como EUA, França, Espanha e Brasil, além da ONU — que inicialmente o havia apoiado. Ele também chegou a ser mencionado como suspeito de envolvimento no assassinato.

A Presidência haitiana a princípio ficará desocupada, até a realização de eleições presidenciais e legislativas, que haviam sido marcadas para setembro. Antes do assassinato, o governo de Moïse estava sob forte questionamento, já que opositores e juristas consideravam que seu mandato havia terminado em fevereiro.

Na semana passada, uma confusão do lado de fora do funeral do presidente fez com que a delegação dos Estados Unidos e outros representantes internacionais fossem retirados às pressas do local. Durante a cerimônia a portas fechadas, manifestantes protestavam quando foram ouvidos tiros. Ninguém ficou ferido, mas a delegação americana deixou o país antes do previsto.


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