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Biden pede que Cuba ‘escute população’; México e Rússia alertam contra intervenção

“Estamos ao lado do povo cubano e seu claro apelo por liberdade e alívio das trágicas consequências da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico a que tem sido submetido pelo regime autoritário de Cuba”, disse Biden.

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. (Foto:Reuters)

O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu nesta segunda-feira que o governo de Cuba “ouça” os manifestantes que saíram às ruas no domingo em protesto contra o governo e a crise econômica, enquanto México e Rússia alertaram contra qualquer intervenção externa na ilha e apelaram por uma solução pacífica.

“Estamos ao lado do povo cubano e seu claro apelo por liberdade e alívio das trágicas consequências da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico a que tem sido submetido pelo regime autoritário de Cuba”, disse Biden em um comunicado. “Os Estados Unidos pedem ao regime cubano que ouça seu povo e atenda suas necessidades neste momento vital.”

Já o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, defendeu que os cubanos buscassem diálogo e uma solução pacífica após os protestos, e pediu o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba. Ele ainda ofereceu ajuda humanitária em forma de remédios, vacinas e alimentos ao país, se Havana pedir.

— Quero expressar minha solidariedade ao povo cubano, acredito que se deve buscar uma saída por meio do diálogo, sem uso da força, sem confronto, sem violência — disse o presidente mexicano, antes de pedir que não se politize o tema nem se use o apoio humanitário para interferir nos assuntos internos da ilha. — A primeira coisa que se deve fazer é suspender o bloqueio a Cuba, como estão pedindo a maioria dos países do mundo — acrescentou, referindo-se à resolução contra o embargo aprovada anualmente pela grande maioria dos países-membros da ONU.

O governo russo também se manifestou nesta segunda-feira, alertando contra qualquer “interferência externa” em Cuba e afirmando estar convencido “de que as autoridades cubanas estão tomando todas as medidas necessárias para restaurar a ordem pública no interesse dos cidadãos do país”.

— Consideramos inaceitável qualquer ingerência externa nos assuntos internos de um Estado soberano e qualquer ação destrutiva que favoreça a desestabilização da situação na ilha — disse Maria Zajárova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Moscou.

Os protestos de domingo ocorreram em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19 na ilha e à escassez de alimentos, remédios e eletricidade. Em resposta, o presidente Miguel Díaz-Canel declarou que os Estados Unidos são os responsáveis pelos distúrbios, por manterem o bloqueio econômico à ilha e apoiarem movimentos opositores.

A situação econômica de Cuba também se agravou com a pandemia, que interrompeu o turismo na ilha e levou a uma queda de 11% do PIB em 2020. A economia já vinha se deteriorando durante o governo Trump, que suspendeu a aproximação iniciada por Barack Obama e reforçou o embargo econômico com mais de 240 novas sanções, que não foram suspensas por Biden.

As informações são de O Globo

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