Conecte-se conosco

Amazonas

Governo Federal desistiu de intervir no Amazonas durante crise do oxigênio após ouvir Wilson Lima, diz Pazuello

Pazuello disse à CPI da Covid que a responsabilidade pela falta de oxigênio hospitalar em Manaus foi da empresa fornecedora, White Martins, e da Secretaria de Saúde do estado.

A falta de oxigênio em Manaus nos dias 14 e 15 de janeiro matou mais de 30 pessoas. (Foto:Bruno Kelly/Reuters)

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (20), no segundo dia do seu depoimento à CPI da Covid, que o governo Jair Bolsonaro chegou a discutir uma intervenção no Amazonas durante a crise no sistema de saúde do estado devido à pandemia, marcada pela morte de doentes por falta de oxigênio, mas desistiu após ouvir o governador, Wilson Miranda Lima.

Documentos indicam que 31 pessoas morreram por falta de oxigênio em Manaus nos dias 14 e 15 de janeiro, quando a capital atingiu o ápice da falta do insumo.

A falta de oxigênio nos hospitais de Manaus, em meio à disparada nos casos de Covid, levou a cidade a um cenário de caos. Pacientes que dependiam do insumo tiveram que ser transportados de avião para outros estados. Parentes de pessoas internadas tiveram que comprar cilindros com o gás por conta própria.

Pazuello foi questionado nesta quinta pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a razão de o governo federal não ter feito a intervenção no Amazonas durante a crise.

“Essa decisão [de intervir] não era minha. Foi levada ao conselho de ministros, o governador se apresentou, se justificou. Desculpa, quero retirar o termo, não é conselho de ministros, é reunião de ministros, com o presidente. O governador se explicou e foi decidido pela não intervenção”, afirmou Pazuello.

Responsabilidade

Pazuello disse à CPI da Covid nesta quinta-feira que, na opinião dele, a responsabilidade pela falta de oxigênio hospitalar em Manaus foi da empresa fornecedora, White Martins, e da Secretaria de Saúde do estado.

“Então a empresa White Martins, que é a grande fornecedora, somada à produção da Carbox, que é uma empresa menor, já vinha consumindo sua reserva estratégica e não fez essa posição de uma forma clara desde inicio. Começa aí a primeira posição de responsabilidade”, afirmou o ex-ministro.

“O contraponto disso é o acompanhamento da Secretaria de Saúde, que se tivesse acompanhado de perto, teria descoberto que estava sendo consumido uma reserva estratégica. Vejo aí duas responsabilidades muito claras”, completou Pazuello.

As informações são do G1.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

four + nineteen =