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Economia

Gás e combustível puxam inflação de 0,93% em março, maior alta para o mês desde 2015

A alta no índice foi puxada principalmente pelos preços dos combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%). Já o preço dos alimentos e bebidas desacelerou e ficou em 0,13% em março, segundo IBGE.

Gás de cozinha teve sucessivos aumento de preços. (Foto:Marcello Casal Jr./Ag. Brasil)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março deste ano, acima da taxa de fevereiro, que foi de 0,86%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (9). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,10%, percentual acima do teto da meta de 5,25% previsto para este ano.

O centro da meta fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,75% e tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o IPCA pode ficar entre 2,25% e 5,25%.

A alta de 0,93% é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32%. Em março do ano passado, a inflação teve seu menor nível desde 1994, a 0,07%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,05%.

Combustíveis e botijão de gás em alta

A alta no índice foi puxada principalmente pelos preços dos combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%).
“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento”, explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, em comunicado.

Preços de alimentos em queda

Segundo o IBGE, o preço dos alimentos e bebidas desacelerou e ficou em 0,13% em março. Em fevereiro, a variação havia ficado em 0,27%.

“Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, afirmou Kislanov, em comunicado.

Com o distanciamento social, quem come em casa viu o preço da alimentação cair 0,17%, enquanto comer fora teve alta de 0,89%. Alimentos como o tomate (-14,12%), batata-inglesa (-8,81%), arroz (-2,13%) e leite longa-vida (-2,27%) apresentaram queda no índice, enquanto que as carnes seguem em alta de 0,85%, embora com uma variação inferior na compração com fevereiro, que foi de 1,72%.


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