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Amazonas

Dono da Digitron arremata sede do tradicional Rio Negro Clube, leiloada para pagar dívidas trabalhistas

Ainda não há informações sobre o que o empresário fará com o imóvel.

O empresário Sung un Song, dono da Digitron, uma das maiores empresas do Polo Industrial de Manaus, arrematou por R$ 3,7 milhões, a sede social do Atlético Rio Negro Clube, no Centro antigo de Manaus, um dos mais tradicionais de Manaus, levada a leilão por decisão da Justiça do Trabalho. O preço inicial do imóvel, no leilão, era de R$ 9,7 milhões.

Rio Negro Clube é uma das mais tradicionais agremiações da Região Norte

Ainda não há informações sobre o que o empresário fará com o imóvel.

A Digitron fabrica placas-mãe e discos rígidos para computadores, produzidas em seu condomínio de fábricas na Zona Franca de Manaus. A empresa abriga a produção, em linhas de montagem independentes, de motherboards das marcas Intel, Mega, PCWare e disco rígidos da marca Western Digital, sendo que, para as placas-mãe Intel, a Digitron é homologada, certificada e licenciada como única a produzir as placas da fabricante.

Atualmente a Digitron produz uma extensa linha de placas-mãe, discos rígidos, placas de vídeo, de rede, fax modem e notebooks. A empresa acompanha e tem o objetivo de suprir as necessidades e características de consumo do mercado brasileiro.

Em março de 2020, Sung Un Song demonstrou sua participação na  Fundação Matias Machline, da qual foi um dos fundadores. A Fundação oferece ensino de qualidade, com curso de ensino médio técnico integral,  gratuito, para jovens em vulnerabilidade social. Ele é presidente do Conselho Curador da Instituição e a Digitron continua como mantenedora.
História

Fundado em 13 de novembro de 1913 como “Athletic Rio Negro Club”, mais tarde rebatizado usando a grafia atual, o nome do clube é uma homenagem ao Rio Negro, um dos mais importantes do país. É um dos clubes mais tradicionais e importantes do Estado do Amazonas, no qual se destaca em diversas modalidades esportivas dentre as quais o vôlei e o futebol profissional.

Shinda Uchôa teve a ideia e insistiu com os companheiros para que criassem um clube. A insistência foi tanta, que no dia 13 de Novembro de 1913, às 16h, os rapazes se reuniram na residência de Manuel Afonso do Nascimento. Os jovens fizeram neste dia a ata de fundação e no meio da leitura do documento, o momento histórico foi brindado com vinho do porto, bebido em autênticas taças francesas de cristal bacará. Na mesma ocasião, foi realizada uma eleição e o primeiro presidente foi Edgar Lobão. Shinda ficou como secretário, mas recebeu o título de presidente de honra.

O brinde deu nome ao “Porto de Honra”, solenidade em que, até hoje, o momento da fundação é repetido como aquele de 1913. Das doze taças de cristal, seis foram recuperadas pelo diretor cultural do clube, Abrahim Baze, que criou um museu para guardar a história do Rio Negro. Três delas são usadas no brinde atual pelo presidente e por mais duas autoridades escolhidas por ele durante o evento. Na casa onde o clube foi fundado, hoje funcionou até pouco tempo atrás o Banco da Mulher, mas, de acordo com Abrahim Baze, o prédio ainda conserva a mesma arquitetura do início do século.

Naquele momento, veio a existir o Athletic Rio Negro Club, um gigante do futebol nortista de glorias e triunfos respeitáveis, de uma torcida calorosa e fanática que fora apelidada pelos jornais regionais e não regionais de “A Fiel”, pois sempre estava presente nas mais diversas adversidades do clube. Aquele que entrava em meio a foguetórios, com o seu elenco imponente, com a camisa branca que tinha uma faixa preta.


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