Amazonas
Covid-19: após registro de mais 1,2 mil casos e 50 mortes, Wilson Lima diz que Amazonas vive “pós-pandemia”
A declaração de Wilson Lima pode ser interpretada como um incentivo para as pessoas deixarem de tomar os cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Um dia após o governo anunciar mais 50 mortes e 1.299 novos casos de Covid-19, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse, nesta quarta-feira, que o Estado está vivendo momento de “pós-pandemia”. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa sobre após a sanção da Lei do Gás e anunciar mudanças no primeiro escalão do governo e divulgada pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).
“São mudanças que a gente faz estratégicas, entendendo o momento que a gente está vivendo agora de pós-pandemia e que a gente precisa avançar em algumas áreas, principalmente na área do social”, disse o governador, segundo nota divulgada pela Secom. O Amazonas, segundo a fundação de Vigilância em Saúde (FVS) registrou, até a última terça-feira ((16/03), 333.608 casos e 11.623 mortos.
O Boletim da FVS informou, ainda, que 37.075 pessoas com diagnóstico de Covid-19 estão sendo acompanhadas pelas secretarias municipais de saúde, o que corresponde a 11,11% dos casos confirmados ativos. E que há 809 pacientes internados, sendo 414 em leitos clínicos, 380 em UTI e 15 em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.
De acordo com a FVS, há, ainda, outros 162 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. E outros 350 pacientes internados com Covid-19, na rede pública de saúde do interior do estado, sendo 29 em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e 321 em leitos clínicos.
A declaração de Wilson Lima pode ser interpretada como um incentivo para as pessoas deixarem de tomar os cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. A mesma equipe de cientistas que previu o primeiro e o segundo pico da pandemia no Amazonas, e o colapso na saúde em Manaus, prevê uma terceira onda, caso autoridades não imponham medidas de distanciamento social e de vacinação em massa mais acelerada do que no restante do País.
Os cientistas alertam que, após a Covid-19 provocar cenas de terror em Manaus ―com a falta de oxigênio e de leitos nos hospitais no auge da segunda onda da pandemia―, a capital do Amazonas caminha para uma terceira onda de infecções. A recomendação do grupo de estudiosos é que o Estado adote um lockdown imediato, diminuindo a circulação de pessoas em 90% por um período de 20 a 30 dias, em paralelo à vacinação de ao menos 70% da população nos próximos três a quatro meses.
Secretariado
Wilson Lima efetivou mudanças em seu secretariado nesta quarta-feira (17/03). A ida da deputada estadual Alessandra Campelo para o comando da Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas) foi oficializada. Ela assume no lugar de Maricília Costa.
Mudanças também na Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), órgão vinculado ao Sistema Sepror. O advogado Sérgio Litaiff Filho deixa o comando da ADS, que passa a ser dirigida pela ex-secretária executiva da Seas, Michelle Macedo Bessa.
Sérgio Litaiff Filho, por sua vez, assume a empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) no lugar de Roselene Silva de Medeiros, que passa a responder pela coordenadoria-geral da Unidade Integrada de Articulação às Comunidades (Uiac), vinculada à Casa Civil do Governo do Amazonas. Roselene Medeiros fica no lugar que antes era de Miltinho Castro da Silva.
Completam as mudanças a troca de comando na Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar). Contador por formação pela Universidade Federal do Amazonas e com especialização em Gestão Pública pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Jorge Elias Costa de Oliveira assume no lugar de Roberto Augusto Tapajós Folhadela.
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